sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Fato Cultural :o Sumô



O sumô é o esporte nacional do Japão, figurando no livro Kojiki (crônica do passado) de 712 d.C., como sendo uma luta entre dois deuses que se originou em 660 a.C. 

O sumô praticado atualmente segue exatamente as tradições e regras estabelecidas há séculos. Por isso, continua homenageando os deuses, pedindo proteção e rezando para uma boa colheita, como se fazia antigamente. 

A luta em si é simples: trava-se dentro de um círculo de 4,56 m de diâmetro sobre chão de terra batida, muito dura, e perde a luta quem sair do círculo ou tocar o chão com qualquer parte do corpo que não seja a sola do pé. Uma luta pode levar de alguns segundos a até 3 minutos no máximo. Em média 30 segundos. 


Entretanto, o que parece ser tão simples e rápido, tem uma tradição que já dura séculos, segredos profundos, preparativos demorados e extenuantes, organização fantástica e envolve cifras astronômicas.

O mundo do sumô é especial e único. Os lutadores (conhecidos como rikishis) se agrupam em academias onde comem, dormem e principalmente, treinam. Entram na academia aqueles que forem aprovados no rigoroso e concorrido exame e tenham entre 12 e 15 anos de idade.

Ao partirem para essas academias, os aspirantes despedem-se dos familiares e amigos como se partissem para uma grande aventura. Acordam às 5 horas da manhã e treinam rigorosamente até 10 horas. É hora da primeira refeição do dia: o prato também é especial e único: o “chanco-nabe”, um ensopado com carnes, legumes e vários ingredientes japoneses. Após essa refeição, um rápido descanso, e mais treinos rigorosos. À noite, mais “chanco-nabe”, e depois a noite é livre.


Todos tomam banho no mesmo “ofurô”, banho de imersão. Os novatos dormem no chão de tatami e só os mais graduados possuem aposentos individuais. Como todos são gigantes (média de 150 kg na divisão superior), as instalações precisam ser reforçadas. Cabe aos novatos as faxinas, auxiliares os veteranos, etc. 

A temporada oficial anual é composta por seis campeonatos que duram 15 dias. Ao todo são aproximadamente 850 lutadores, divididos em seis categorias. As quatro categorias inferiores não conferem salários aos lutadores, que somente recebem treinamento, alimentação e alojamento. A 2ª divisão profissional é composta por 26 lutadores, e a categoria máxima tem 42 lutadores. Estes recebem salários, têm seus fãs clubes e ostentam cabeleira especial, o símbolo do lutador de sumô, o “oicho”. 


Na cultura japonesa, os yokozuna (campeão dos campeões), que nunca são rebaixados, são considerados semideuses, e gozam de todas as regalias. Eles chegam a ter mais prestígio junto ao Imperador do que o próprio primeiro ministro, não precisando nem marcar audiência para serem recebidos pelo Imperador. Teoricamente podem ser muitos os yokozunas, já que não são rebaixados, mas não passam de 2 ou 3, havendo épocas sem nenhum yokozuna, quando não surge nenhum lutador à altura. O yokozuna que começa a perder campeonatos acaba se aposentando. 


fonte:http://www.culturajaponesa.com.br

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Os Yamabushis e os Sohei

Ferozes guerreiros montanheses, acostumados a viver em locais inóspitos, a passarem por severas privações devido a seu modo de vida peculiar , o Shugen. (pessoa purificada, pureza de ação). Misto de monges e guerreiros, famosos pela utilização de conhecimentos esotéricos ocultos, dominarem as forças da mente, do espírito e da natureza, a história antiga do Japão é repleta de relatos de tais guerreiros, vistos como paladinos por uns, como bandoleiros anarquistas por outros, mas sempre cercada de alto mistério.

São também chamados de Shugen-sha ou Adeptos da Purificação ou Kensha – Adeptos da Magia.

Depois deles as tradições marciais do Japão nunca mais seriam as mesmas, varias escolas tradicionais tem suas ligações com estes adeptos, o próprio Kamiisumi Ise no Kami era um adepto e iniciou a tradição dos Espadachins Andarilhos (Shugyo = treinamento austero para purificação) depois seguida por Miyamoto Musashi, os Yagyu, Ito Kagehiza, Musso Gonosuke e outros tantos grandes mestres do Bujutsu Antigo e até mesmo modernos como Ueshiba Morihei do Aikido, Jigoro Kano do Judô , Funakoshi do Karate, Yamaoka Tesshu do Kendo e tantos outros que ainda percorrem os Caminhos dos Yamabushi. 
Suas lealdades geralmente convergiam para templos e altas personalidades monásticas, mas somente os adeptos genuínos sabiam onde e quem eram a sua liderança, locais de culto, etc.

Apesar de que muitos templos em determinadas Regiões do Japão terem até hoje uma forte associação a estes monges errantes, sendo inclusive rota de suas peregrinações, somente os Adeptos e iniciados dos Yamabushis conheciam os segredos de suas tradições.

A história Japonesa cita que devido a rápida proliferação do Budismo no Japão, as instituições religiosas agremiaram grande numero de adeptos por oferecerem uma “salvação” da alma e dos males que assolavam os homens nesta vida terrena, coisa que no Shintoísmo, isso nunca ficou exatamente claro.

Tais instituições religiosas acumularam diversas funções e poderes temporais junto ao Estado e dentre estas funções a de mantenedores da segurança e das fortunas dos templos, assim estava criado uma das forças marciais mais formidáveis do Japão, os Monges Guerreiros chamados Sohei e os Yamabushi.

 Monge Guerreiro Sohei com Armadura espada e Naginata Foto era Meiji


As vestes do monge guerreiro (soken) variavam de acordo com o tipo de ordem monástica, mas no geral elas continham:

zukin = capuz
goso kesa = faixa ornamental no ombro
motsuke kuro = kimono externo preto
sekitai obi = corda enrolada na cintura
kakuribakama = calça tipo hakama
shiro habaki = protetor de canela de tecido forrado

A espada é chamada de Kawa Tsutsumi.
Eles calçavam gueta jika ou waraji de palha.

Sua origem está, como já vimos anteriormente em diversos grupos sociais, em primeiro lugar nos devotos, em segundo nos campos e sociedade dos clãs do Jizamurais, em terceiro lugar nos guerreiros banidos, desvalidos.

No caso dos Sohei, o objetivo maior era servir a um templo ou ordem budista, já no caso dos Yamabushi, sua sociedade era mais dispersa, as vezes a serviço de um templo ou ordem budista ou shintoista abstrata, as vezes a serviço de seu clã ou as vezes a seu próprio serviço como por exemplo, caso um determinado líder fosse derrotado, seus guerreiros dispersavam-se como monges itinerantes das montanhas com o objetivo de se esconder ,mas ao mesmo tempo purificar suas forças para poder retornar e obter a revanche.

É notória a ligação dos Yamabushi com os povos simples e antigos, com os índios Ainus, Tankas, Sankas assim com os pobres e desvalidos, oprimidos pelo Estado Guerreiro.

Com a introdução do Budismo no Japão e a sua rápida expansão por todas as camadas sociais, não tardou para que a corrupção e a sede do poder tornassem os templos verdadeiras Cidades Estados com o acúmulo de Riquezas onde Sumo Sacerdotes rivalizavam poderes temporais com o Imperador e Senhores da Guerra Locais (Shoen).


O cotidiano dos monges era regido por extrema disciplina. O irmão Gaspar Vilela, um missionário jesuíta que visitou as instalações de um dos templos, em 1570, descreveu os monges guerreiros como sendo "muito parecidos com os Cavaleiros de Rodes" (denominação posterior da Ordem dos Hospitalários, que defendeu a Ilha de Rodes, na Grécia, com unhas e dentes, contra o sultão Suleiman em 1522). Para ele, os monges "eram devotados e preparados para lutar por sua fé". Segundo afirmou, a alimentação dos sohei obedecia aos princípios da moderação.

Geralmente, os monges comiam apenas uma ou duas vezes por dia, e o cardápio básico consistia de pequenas porções de arroz, peixe, vegetais, algas marinhas ou frutas. De vez em quando, a refeição era acrescida de carne de veado, de javali ou de pássaros. O jesuíta também deixou relatos sobre o treinamento diário dos sohei. Além das tradicionais obrigações religiosas e comunitárias, cada monge tinha que preparar de cinco a sete flechas por dia, além de tomar parte em competições com o arco ao menos uma vez por semana. 

Seus elmos, armaduras e lanças eram assustadoramente resistentes, e "suas afiadíssimas espadas podiam facilmente cortar um homem em dois, mesmo que ele estivesse utilizando armadura", O treinamento diário era severo, "e a morte ocasional de algum deles durante a prática era aceita sem nenhuma emoção", atestou o jesuíta. Mas um aspecto considerado chocante por Vilela foi constatar que, ao contrário da doutrina monástica ocidental, os sacerdotes guerreiros tinham acesso a bebida - não abriam mão de doses de saquê -, mulheres e música.

Após a destruição dos templos pelo então perseguidor Oda Nobunaga em 1560, as ordens Sohei dispersaram seus efetivos em formas diferentes de Monges, e se mesclaram com os Shugensha e os Yamabushi, os que se debruçam nas montanhas, guerreiros montanheses que se isolavam e agiam longe das vistas do Governo, ajudando o povo simples, pregando a libertação do homem pelo materialismo, continuando secretamente a realizar o plano da ordem de criar um reino celestial na Terra.


Os Yamabushis foram responsáveis por um movimento de renovação tanto do Budismo como do Shintoismo e este movimento recebeu o nome de Shugendo – O Caminho a ser percorrido pela pessoa para retornar a purificação Divina.

Falar de Shugendo é sempre complexo pois o termo abrange uma série de credos oriundos do Budismo, do Shintoismo e dos antigos Xamãs do Japão e isso tudo fica por demais dificil ser estudado sem que alguém o tenha seguido para poder explicá-lo pois o Shugendo é um caminho iniciático.

O Significado do nome Shugendo:
修 Shu = Treinamento austero
験 Gen = conhecimento da arte, poderes, magia.
道 Dô = Caminho, via, forma a seguir

Sua cerimônias são fechadas e visam fazer o praticante renascer morrendo em corpo físico, mas ressurgindo em corpo espiritual, um paralelo sem igual ao cristianismo Gnostico.


Fonte: fotos e textos adaptadosdo site http://espacoshugen.blogspot.com.br/2011/07/o-legado-dos-monges-guerreiros-sohei-e.html


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O TENGU-GEIJUTSU-RON



A arte dos Tengus da montanha

O Tengu-geijutsu-ron foi escrito pelo mestre espadachim Shissai Chozan em 1729. Existem vários outros livros sobre o uso da espada que nem o livro Fudochi Shinmyo-roku de Takuan Soho. Ma s o que faz este livro ser assim tão valioso é a sua grande quantidade de alegorismos e metáforas e comparações fazendo a obra ser muito pitoresca possibilitando ao leitor e aluno (DESHI) entender melhor seus ensinamentos.

A base destes ensinamentos é o despego, o WU WEI. O não ser. Somente sendo nada e se desapegando do eu (ego) é que o guerreiro pode deixar de se preocupar com sigo mesmo, se esquecer e agir conforme tem que agir.

Os ensinamentos de Shissai se resumem:

1. Um bom espadachim tem que treinar tanto o aperfeiçoamento das técnicas e golpes, como o desenvolvimento de seu espírito.

2. A grandeza interna (espiritual) se amostra na simplicidade do coração. Suas reações têm que ser que nem as imagens de um espelho. Ele tem que aprender a agir em vez de meramente reagir.

3. Só se esquecendo que se é capaz de agir. É a harmonia entre corpo, mente e espírito.

4. Agora a perfeição no manuseio da espada só tem valor se ela estiver ancorada a valores éticos e respeitar as leis cósmicas.

Veja uma pequena passagem do capitulo IV:

Um aluno pergunta: Existem várias escolas que usam diferentes formas de lanças, lanças com laminas restas, laminas cruzadas, com ganchos, laminas escondidas num tubo, e muitas mais. Qual destas armas é a melhor?


E o mestre responde: Que pergunta boba! A melhor arma é a lança com a qual se perfura. Só que o que faz você perfurar não é a forma da lança e sim o teu EU. Tanto faz que tipo de lamina se usa, o aluno deve tentar entender os ensinamentos dos velhos mestres e das diferentes escolas e captar as vantagens de cada uma das armas, e através de seu manuseio e treino adquirir a sua liberdade pessoal (o desapego).

Tanto faz que tipo de laminas eu usar, o importante é se dedicar a aprender as técnicas e entender as suas vantagens para adquirir através do manuseio a sua liberdade.

Mesmo se alguém treinar todos os sistemas, este se sentirá mais confortável usando a arma com a qual começou a treinar do que com uma outra. Mas se persistir treinando e aprendendo este irá se próprio encontrar e aí tanto faz se ele tiver um cajado na mão ou uma lança.

Existem escolas que ensinam as vantagens e desvantagens de cada lamina se concentrando no manuseio e nas técnicas. Eu por minha vez ensino aos meus alunos uma outra arma, arma do próprio EU. Porque, quem não entendeu isto, não faz sentido carregar uma arma.


É um erro somente pensar que a lança reta quando perfura se torna inútil e que a lança com gancho só serve para prender outras lanças. Quem assim pensa acaba fazendo o erro de um principiante.

Outro trecho do texto:
" Não se pode ver nem ouvir o Caminho. O que se pode escutar e perceber é apenas o rastro do Caminho. Reconhecer pelo rastro aquilo que está por trás dessa marca é que chamamos de intuição. Se a aprendizagem não é a compreensão intuitiva, ela é inútil. Se a arte das espadas não passa de uma habilidade limitada, ela é também efetivamente a ação do reino encantado do coração , e aquele que penetra em seu germe mais íntimo torna-se unissono com o Caminho".


O texto de Shissai Chozan foi traduzido pelo alemão Reinhard Kammer e anexo em seu livro "The Way Of Sword: The Tengu-Geijutsu-Ron of Chozan Shissai"

The Way Of Sword: The Tengu-Geijutsu-Ron of Chozan Shissai por Reinhard Kammer esclarece as questões e influências que afetaram as artes marciais neste momento. O livro é dividido em duas seções principais: o primeiro é uma introdução abrangente e informativo por Kammer, e o segundo é a tradução Kammer de texto Shissai de 1729 original. Extensos comentários Kammer de teses sobre o seguinte:

• texto e autor
• tendências filosóficas e objetivos
• o papel de Confucionismo
• o papel do Zen Budismo
• forma e técnica
• instrução e aprendizagem
No brasil o livro que traduziu também o texto de Shissai Chozan com título como "O zen na arte de conduzir a espada".


uma mostra do livro  abaixo :

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Organização das Escolas Marciais Antigas do Japão


Sojobo e Yoshitsune, os Tengus aparecem para lecionar os ensinamentos aos eleitos.

• SENRYU - escolas e práticas que nasceram em combate, nas guerras. Neste caso o fundador (Kaisho) geralmente era um guerreiro que após ter sobrevivido a uma série de combates, o mesmo começava e refletir o porque dele ter sobrevivido, porque ele conseguiu vencer seus oponentes, o que lhe deu a devida vantagem, etc.
Após passar longos períodos meditando e ter identificado suas formas e práticas técnicas, este guerreiro, catalogava seus métodos em uma série de pergaminhos (Makimono) e passava então a ensinar a uma série de discípulos (Monjin). Ele passava a ser considerado e venerado como fundador da escola e seus discípulos diretos formavam o primeiro conselho de mestres (Gokui), que transmitiria posteriormente, após a morte do mestre, a outros discípulos (Jukugashira).
Somente os Monjin tinham acesso aos ensinamentos secretos (Hijutsu), os novos alunos (Nyumonsha) passavam anos sendo analisados em vários sentidos até darem provas de total submissão aos preceitos da escola, e desta forma se obter também dos ensinamentos ocultos.

GENRYU - Escolas que nasceram através de uma revelação após seus fundadores passarem um longo período de treinamento austero buscando a iluminação. Neste caso o futuro Kaisho, procurava se isolar, geralmente em uma floresta ou em regiões montanhosas, e passava por um treinamento austero (Shugyo no gueiko), passando todos os tipos de privações e mortificações (fome, sede, dor, solidão, frio, febre, cansaço, etc), até conseguir obter uma revelação divina (Ten Shin Sho) geralmente enviada por Tengus, ou aparições de outras divindades.

Feito isto tal guerreiro buscava agora testar a eficácia de seus métodos, geralmente em combate através de duelos ou lutas em guerras.
Se ele sobrevivesse, seria um sinal dos deuses de que tais técnicas realmente eram reais, e não simplesmente devaneios de quando ele estava com sua mente debilitada devido as fortes privações pelas quais havia passado em seu treinamento.

Após retornar de sua peregrinação para autenticação de seu método, o mestre então reunia seus ensinamentos em um pergaminho (Densho) e aceitava seus primeiros discípulos (Monjin uchi dechi) que então, o denominavam Soke (verdadeiro tesouro, pérola do conhecimento) ou Shosei (aquele que descobriu o caminho). Geralmente o Soke está vinculado ao sistema de transmissão conhecido como Yemon (de pai para filho). Tal sistema é adotado exclusivamente em algumas escolas, outras optavam pelo sistema Gokui (uma junta de mestres é eleita para escolher o Monjin, quem melhor conseguir reunir em sua pessoa todos os preceitos e objetivos da escola entre eles, mesmo que não seja descendente ou parente do fundador).

O sistema Gokui é o que reúne as melhores condições de sobrevivência de um Ryu (escola marcial), para isso basta observarmos as escolas que ainda estão na ativa nos dias de hoje. A maioria delas, optaram por este sistema. Além de ser mais justo, mais democrático, o sistema Gokui permite uma analise mais imparcial dos praticantes, deixando que floresçam os melhores talentos para dirigir o Ryu.
Já o sistema Yemon só funciona quando com muita sorte o filho ou parente direto do fundador resolve ser o melhor de todos e se dedica com afinco em busca da sabedoria. Uma adaptação do sistema Yemon é a adoção do mestre pelo praticante, é comum uma pessoa receber o sobrenome do mestre formalizando-o como filho do Caminho.
Cada Mestre sabe o que é melhor para sua escola, e será a sua decisão a palavra final. Cabe a nós fazermos cumprir suas determinações.

Para se entrar no Ji tori (portal simbólico, nível de aprendizado), os pretendentes, após estarem aprendendo os Omote waza (as técnicas básicas) passam por um juramento geralmente de sangue ou com a sua espada e passam a ser chamados de Keppan (comprometidos de forma sagrada com a escola). Aos Keppan é dado o direito de penetrar nos ensinamentos ocultos e esotéricos (Okushi, Hiden e Kuden). Seu treinamento é feito em segredo, pois eles recebem os princípios Ura waza, Oya waza, Oshiki waza, Guiyaku waza, etc.

O Sistema de Graduação dos estilos Koryu :
Kiri Kami Shoden : Cortar o Espírito, Equivale nos dias de hoje ao San Dan.
Moku Roku Chuden : Aquele que trilhou os seis caminhos do céu e da besta fera. 
Equivale nos dias de hoje Ao grau de Roku Dan.
Jumon Ji Okuden : Renasceu após a crucificação, mortificação, e saltou muito a frente. 
Equivale ao grau Hachi Dan.
Menkyo Kaiden : Nada mais tem o praticante a aprender, espelho que reflete a sabedoria, o próprio caminho. Equivale ao Hanshi Ou Ju Dan.
Este sistema ainda é adotado nos dias de hoje em todos os Koryu.


Fonte: texto do site http://espacoshugen.blogspot.com.br/2011/05/artigos-sobre-o-shinto-ryu-organizacao.html