sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Kaisha Kenpô e Suhada Kenpô

As transições na forma de combate, bem como a mudança de uma era extremamente conturbada para uma relativa de paz, refletiu na esgrima japonesa.

Classificadas como kaisha kenpô, as primeiras técnicas desenvolvidas eram voltadas especificamente para o combate utilizando armaduras.

Dentre algumas de suas características, é possível citar o uso:

- de golpes que visam locais pouco protegidos pelas armaduras, para infligir maior dano;
- da armadura como escudo;
- de estocadas de baixo para cima para empalar o oponente;
- técnicas específicas de projeção (arremesso;
- da armadura do oponente para derrubá-lo.

Com a chegada da paz, Lutas com armaduras passaram a ser cada vez mais raras e as técnicas de esgrima sofreram alterações de forma que fossem mais eficazes contra oponentes sem armadura.

Com isso o Kaisha kenpô deu lugar ao chamado Suhada Kenpô, ou seja, esgrima sem armaduras. A maioria dos estilos remanescentes de esgrima japonesa são estios de Suhada Kenpô, embora váris estilos ainda mantenham técnicas de Kaisha Kenpô.


Fonte:
Livro: Peregrinos do Sol,A arte da espada samurai. Autor: Luiz Kobayashi. Editora Estação liberdade

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Tradução dos nomes dos katas de Iaidô

Kata de Seitei iadô (Zen Nihon Renmei Iaidô)


01. Mae : "frente"
02. Ushiro : "atrás"
03.  Ukenagashi : "defesa fluida"
04. Tsuka-ate : "golpe com cabo"
05. Kesagari : "corte diagonal"
06. Morotezuki : "estocada com as duas mãos"
07. Sanpô-giri : "corte em três direções"
08. Ganmen-ate : "ataque ao rosto"
09. Soetezuki : "estocada com a mão apoiada"
10. Shihô-giri : "corte em quatro direções"
11. Sôgiri : "corte envolvente"
12. Nukiuchi : "saque e corte"



sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O sentido de bushidô , Tenshinshô-den Katori Shinto Ryu



"...O sentido de bushidô é o de fazer alguma coisa boa para o mundo, deixar no mundo uma marca benéfica, e depois ser capaz de desapegar-se do corpo humano e aceitar a morte. Porém, é muito fácil entender erroneamente esse conceito. Ele não se resume a sair em busca da morte. Se você tentar realizar algo e por algum motivo não conseguir fazer o que queria, não será muito produtivo pensar: ”Falhei, tenho de me matar”. O bushidô não tem nada que ver com um modo de vida tão irresponsável quanto esse. Quando a pessoa tenta fazer algo e não consegue, há também no bushidô o conceito de continuar a viver, mesmo que na desonra, se houver a possibilidade de corrigir o erro cometido ou remediar a situação. É esse o verdadeiro bushidô."

Risuke Otake Sensei de Tenshinshô-den Katori Shinto Ryu


fonte: http://taiadojo.blogspot.com.br/2013/04/bushido-o-caminho-do-guerreiro.html


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Os Cinco Estados Mentais do Aikido




Shoshin: (初心) Mente de principiante
Zanshin: (残心) Mente que permanece
Mushin: (无心)  Não Mente
Fudoshin: (不动心) Mente Imóvel
Senshin: (先心) Espírito Purificado; atitude iluminada


Existem 5 mentes fundamentais ou espíritos do budo; shoshin, zanshin, Mushin,  fudoshin e Senshin. Estes conceitos muito antigos são ignorados no dojo aikido moderno. Budoka O que leva um tempo para compreender as lições destes 5 espíritos em seu coração amadurecerá para se tornar um artista marcial e competentes forte e ser humano. O aluno que não tomar o tempo para conhecer e abraçar estes espíritos sempre vai faltar na sua formação.

Shoshin
O estado de shoshin é que de uma mente iniciantes. É um estado de consciência que permanece sempre completamente consciente, atento e preparado para ver coisas pela primeira vez. A atitude de shoshin é essencial para um aprendizado contínuo. O-Sensei uma vez disse "Não esperem de mim para ensiná-lo. Você deve roubar as técnicas de si mesmos." O aluno deve desempenhar um papel activo em todas as classes, vendo com uma menteshoshin, a fim de roubar o dia de aula cada.

Zanshin
O espírito de Zanshin é o estado dos restantes ou remanescentes do espírito. Muitas vezes, é descrito como um contínuo e elevado estado de consciência mental e acompanhamento. No entanto, é verdade z Anshin é um estado de foco ou concentração antes, durante e depois a execução de uma técnica, onde uma ligação ou conexão entre o uke eo nage é mantida. Zanshin é o estado de espírito que nos permite permanecer espiritualmente conectados, não apenas para um único atacante, mas a múltiplos atacantes e mesmo todo um contexto, uma espaço, um tempo, um evento.

Mushin
O manual ASU, define mushin ser "Nenhuma mente, uma mente sem ego. Uma mente como um espelho que reflete e não julga." O termo original era "mushin no shin", que significa "mente da não mente." É é um estado de espírito, sem medo, raiva ou ansiedade. Mushin é frequentemente descrito pela frase, mizu "no kokoro", que significa "mente como água". A frase é uma metáfora que descreve o lago que reflete claramente a sua envolvente, quando calma, mas cujas imagens são obscurecidas quando uma pedra cair em suas águas.

Fudoshin
Uma mente e um inabalável espírito de imóveis é o estado de fudoshin. É a coragem ea estabilidade demonstradas mentalmente e fisicamente. Invés de indicar rigidez, inflexibilidade, fudoshin descreve uma condição que não é facilmente transtornada por pensamentos internos ou por forças externas. Ele é capaz de receber um ataque forte e manter a compostura e equilíbrio. Recebe e devolve com leveza, motivos para a terra, e reflete a agressão de volta para a fonte.

Senshin
Senshin é um espírito que transcende os quatro primeiros estados de espírito. É um espírito que protege e se harmoniza com o universo. Senshin é um espírito de compaixão que abraça e serve a toda a humanidade e cuja função é a de conciliar a discórdia no mundo. Ela comporta todos os que a vida seja sagrada. É a mente de Buda e-Sensei percepção O da função de aikido.
Totalmente Senshin abraçando é essencialmente equivalente para se tornar iluminado e pode ultrapassar o âmbito da formação aikido diariamente. No entanto, os primeiros quatro espíritos são provavelmente atingíveis para qualquer aluno sério através da conscientização e treinamento duro. Abraçar estes estados da mente pode premiar o aluno em inúmeras maneiras.

Retirado do site http://www.budodojo.com/ArticlesOnAikido.htm

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Reflexão

" O Samurai ideal, no mundo flutuante
deve buscar manifestar 3 grandes virtudes no seu caminho,
a justiça, a moral e a vontade..
lembrando no seu caminho, e não dos outros
esses elementos juntos acende o real sentido de servir,
seja na sua religião, profissão ou família,
com os sentimentos dessas virtudes pode chegar atingir a benevolência,
assim alcançando a paz e o amor
dos deuses da terra e do céu".


 Alex Sapiência

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

DOJO: O LOCAL DE ILUMINAÇÃO segundo Marcelo Haafeld sensei




DOJO
Do = Caminho / Vereda Espiritual  +  Jo = Local

Ou seja: o local onde se pratica e se aprende o caminho. No Ken-Do, que é o caminho da espada, o Dojo é o lugar onde aprendemos a erradicar nossas falhas interiores ao cair e levantar. Com árduos exercícios busca-se atingir a perfeição da mente, do espírito e a do corpo com saúde e bem-estar.

No Kendo, lidamos com a vida e com a morte o tempo todo.Não apenas como a morte do corpo, mas, sim do nosso “eu” – pequeno, egoísta, mesquinho – a morte de nosso “eu” que falha, que erra. E a vida de um novo “eu”, o “eu” conectado ao Deus Criador.

No Dojo morremos e renascemos milhões de vezes durante o treinamento e nossa vida marcial. A cada “Morte”, “renascemos” melhor, mais fortes, mais perfeitos. Para isso temos que estar dispostos a nos sacrificar, a nos entregar de corpo e alma à pratica, ao treino, à disciplina, ao Caminho, ao Kendo.Ver mais

Esta é a poesia, a beleza do Budo, do Caminho do Guerreiro. O Kendo faz parte deste Caminho. Sacrifício, respeito, disciplina, perseverança, compreensão, paciência, todos componentes de uma palavra muito utilizada, porém pouco compreendida: AMOR.

O caminho da espada, é uma das vias que, se corretamente percorridas, ensina o homem a ama...r. E que amor é este? O amor romântico? O amor físico? O amor que prega a dependência e o apego? Não. O caminho do Dojo nos conduz ao amor superior, ao que os gregos chamavam de “ágape”, o amor divino que liberta a alma.

Os japoneses entendem “ágape” como “ai”, uma harmonia de se viver, de convivência. “Ai” leva a “amae”, a cadeia de relacionamentos e sentimentos de dever, honra, gratidão e busca por “wa”, a harmonia de se viver. Cada passo dado no Dojo é um passo rumo ao Dojo que está dentro de cada um de nós.

Marcelo Haafeld – Responsável pelo Shokakukan Dojo
 Shokakukan Shinto Ryu Dojo

Fonte: texto retirado da página do facebook do Shokakukan Dojo. 
https://www.facebook.com/notes/shokakukan-dojo/dojo-o-local-de-iluminação/153647368032439

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Kobujutsu de Sueyoshi Akeshi Sensei


Sueyoshi Akeshi Sensei




 Nasceu na década de cinquenta, na base das montanhas sagradas de Nara, local importantíssimo para o budismo. Estudou e formou-se monge do budismo Shugendo.
Essa escola de budismo é conhecida pela suas práticas de austeridade e seus monges são conhecidos como os Yamabushi, os monges da montanha. Sensei é muito respeitado no meio do budismo por já ter realizado muitas dessas práticas, tais como peregrinar nas montanhas selvagens do Japão, que duram dias; meditar enterrado em um buraco por dias em jejum; entoar mantras por doze horas ininterruptamente em rituais, entre muitas outras façanhas.


      Kono Yoshinori Sensei

Sueyoshi Akeshi Sensei treinou Kobujutsu com Kono Yoshinori Sensei. Nascido em Tokyo no Japão em 1949, foi praticante de AikiDo até iniciar no Kobujutsu. É um renomado pesquisador dos movimentos corporais (Shintaigihou em japones) , fundou a Shoseikan, grupo de pesquisa do Kobujutsu.

O Kobujutsu é um conjunto de técnicas de guerra antigas do Japão, utilizadas pelos famosos guerreiros Samurai na idade média japonesa.

As técnicas de guerra do Samurai, que inclui o domínio de várias armas tais como a espada Katana, a lança, a Shuriken, a Naginata e o bastão Jo. A preocupação do estilo é o desenvolvimento do controle e expressão corporal, junto com um pensamento critico essencial para a formação de um bom cidadão.

Segue uma pequena descrição das técnicas.

• Kenjutsu - A técnica de combate com a espada Samurai, a famosa Katana. 
Existe duas formas de treinar o Kenjutsu em nossa escola. 
O Kihon é o treino de técnicas básicas feito com o Bokuto (espada de madeira), existem movimentos para serem feitos sozinho e em dupla.
O Kata (forma), que é feito em dupla com o Fukuro Shinai




A escola tem em torno de cinquenta formas. 
Fukuro Shinai é uma espada de treino feito de tiras de bambu recoberto por couro para evitar acidentes no treino, é o antecessor do Shinai moderno usado no Kendo.





Fukuro shinai

• Battojutsu ou Iaido- Técnicas de cortar o oponente num único movimento de saque da espada, praticamos mais de vinte formas diferentes.  

• Sojutsu- Uso da lança. Na nossa escola ela mede em torno de 2,3m e praticamos dez Kata distintos em nossos treinos.

• Naginatajutsu- Consiste de uma lâmina fixada em um bastão, medindo cerca de 1,8m. Temos vinte Kata ao todo em nossa escola. Hoje em dia essa arma é utilizada numa arte moderna chamada Atarashii naginata, semelhante de certa forma ao Kendo.

• Jojutsu- Uso do bastão de 1,2m. 

• Shurikenjutsu- Arremesso de pequenas lâminas.


Vídeos: 




fonte:  material extraído  do http://kobujutsubrasil.blogspot.com.br

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O estudioso Kono Yoshinori Sensei



Yoshinori Kono sensei é um homem singular dentre as Artes Marciais Japonesas , para muitos sábios um gênio para outros, uma pessoa que quer derrubar os alicerces das instituições modernas de Artes Marciais (moderno Budo Esportivo).
Ele passou 30 anos pesquisando  e estudando antigos manuais e Denshos de diversos estilos antigos de Artes Marciais clássicas do Japão, China e Índia, nomes como Kashima Shinto Ryu, Yagyu Shinkage Ryu, Chujo Ryu, Estilos de ninjutsu de Iga e Kouga, Tratados de Monges Shaolin e Wudang, Budismo esotérico, dentre outros escritos filosóficos e descobriu a quintessência da percepção corporal no movimento humano e como ela se manifesta traduzindo-se em movimento eficaz e espontâneo.
Um ponto interessante no ensino de Kono sensei, é que ele se dedica a reeducar atletas de competição, pois ele  acredita que o primeiro passo para reintegração do homem com a percepção Divina de seu corpo é simplesmente mostrar, educar. Para algumas pessoas isso pode parecer estranho ou comercial, mas Kono sensei disse que seu objetivo é ensinar e se o erro esta em tal lugar é para lá que eu tenho de ir, coragem não me falta. Meu mestre tentou isso por anos no Renmei Kendo e acabou desistindo.
A Palavra Tatsujin significa para os Samurais o que não pode ser derrotado, para alcançar Tatsujin temos de encontrar Meijin , a vitória sobre nós mesmos, sobre nosso ego, sobre nossa sombra, Tatsujin é a arte da sobrevivência, não é a arte de alcançar fama e glória.
Tatsujin leva ao estado de Meijin o que é vitorioso sobre seu Ego, aquele que alcançou a harmonia universal e calou seu conflito interno.

Kono sensei  não fica apenas na esfera da crítica aos Modernos Caminhos, ele interage com Qualquer praticante de uma arte ou esporte modernos e prova de A a Z seus erros na execução das técnicas, a forma como ele prova; Maior Eficiência quando comparado o antigo método com o moderno,  Menos Esforço para alcançar o resultado pretendido, nos dias de hoje formou-se um mito de que o Samurai se matava de treinar para lutar em uma batalha, isso é totalmente incorreto, os treinos eram constantes sim, severos do ponto de vista de disciplina e atenção, visavam fortalecer o corpo e a mente, a focar e a perder o medo, mas não destruíam o corpo do praticante, apesar de serem comuns ferimentos devido ao uso de armas, no geral evitava-se ferimentos pois um guerreiro com soldo ferido além do custo, era um guerreiro a menos na frente de batalha, como diz Sun Tzu guerra é  contabilidade e administração dos recursos, não é fanatismo ardoroso cego!

Vídeos com Kono sensei:






Fonte: texto do http://espacoshugen.blogspot.com.br/2011/06/arte-de-se-mover-para-o-combate-nas_11.html

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Bokuto/ Bokken : a Espada de madeira.


O bokuto (espada de madeira), também conhecida 木 剣 bokken (espada de madeira) é a réplica de madeira de uma katana e é usado para Kata de  Kendo e, ocasionalmente, para suburi. Vários tipos de bokuto, o comprimento e forma dependem do Ryu. Kendo é usado no tipo mais comum de cerca de 90 cm para a tachi e 55 cm para o kodachi.

PARTES 
Tsuka (punho).
Monouchi (Terceira parte do sabre no topo).
Kissaki (ponta).
Ha (fio).
Tsuba (Aro separando folha decorativa Tsuka. Proteção).
Tsuba Dome (anel de plástico colocado abaixo do tsuba para mantê-lo ligado ao Tsuka).
Mune (o partido e borda oposta é considerada a espinha dorsal da espada).
Shionogi (vulgarmente chamado canal arterial, é a linha que se encontra no meio da face da lâmina da espada).

Gashira Tsuka: A extremidade do punho de bokuto. 


História
Durante o período Muromachi (1336-1600) o uso do bokken, também chamado bokuto, (quando usado com o Tsuba), tornou-se popular porque os guerreiros começaram a usar a arte do duelo contra um adversário em vez de lutar em um campo de batalha . Este conceito nasceu especializações de combate de diferentes estilos ou escolas "Ryu" ou "Ryuha".
Como diferentes dojos " Ryu "começou a ensinar seus alunos a arte da esgrima, tornou-se óbvio que era necessário substituir as espadas de aço como uma medida de segurança para os alunos.

Ao longo dos séculos, centenas de diferente "Ryu" arte especializada em "kenjutsu", praticamente todos eles usado o bokken para treinar. Enquanto os alunos tornaram-se professores de esgrima usando o bokken, obviamente, também se tornou perigoso, com a mesma ferramenta de treinamento.
Existem várias crônicas japoneses falam de guerreiros que, por uma razão ou outra usaram o bokken contra um inimigo empunhando uma lâmina de aço e derrotado. Às vezes, essas vitórias foram devido à capacidade do guerreiro no uso do bokken





O bokken é feito de um pedaço de madeira, embora existam alguns fatos em várias partes do mundo, os mais populares são provenientes do Japão e japoneses carvalho vermelho ou branco.
Estas madeiras eram populares em bokken japonês porque seus grãos compacto faz maravilhosamente lisa, macia e forte. Alguns especialistas dizem que o carvalho branco é superior ao vermelho porque não deformar tanto e tem poucos nós.
Outras madeiras podem ser de bordo , Walnut , incenso , ébano , Guayubira tudo depende do uso que pretende tomar, de acordo com que você selecione o peso, equilíbrio e resistência. Se você estiver indo para usar em combate contra outra arma não pode ser de madeira leve e macio, ele vai quebrar facilmente, ao passo que, se o que você quer é fortalecer os braços e ombros são chamados de "suburi para" muito mais peso.


Tipo de Bokuto/Bokken:

1) Bokuto (ou Bokken) para Aikido: sem divisão entre lâmina e tsuka, nem suporte para tsuba. E o kissaki é "aparado", segundo me consta, para segurança do praticante.


2) Bokuto para Nitenichi Ryu: aparentemente, também não se usa tsuba.




3) Bokuto do Niten Ichi-ryu : a imagem do famoso Jisso Enman no Bokuto 


4) Bokuto do Itto Ryu


5) Bokuto do Kashima Shin Ryu:



6) Bokuto do Iwama Ryu "Takemusu" 


7) Bokuto do Tennen rishin ryu

8) Bokuto do Jiki Shinkage Ryu



9) Bokuto do Katori Shinto Ryu



10) Bokuto do Keishi Ryu 

11) Bokuto do Yagyu Ryu  







Embora sejam mais seguros do que as espadas deve ser considerada uma arma. Após o uso contra outro bokken, Jo, etc., Você deve garantir que nenhuma lasca ou danos. Se estiver danificado, isso pode causar lesão ao adversário durante a prática.


fonte:
http://forum.kendobrasil.com/viewtopic.php?f=14&t=124&st=0&sk=t&sd=a

http://kendoindumentaria.blogspot.com.br/search/label/El bokken

http://es.wikipedia.org/wiki/Bokken
http://www.masamune-store.com/


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Mitsuyo Maeda – O Conde Koma


Durante seus treinos no Kodokan,  Mitsuyo Maeda  treinou com
os melhores, numa época em que o Kodokan realizava diversos desafios para comprovar a eficiência do Judô tanto como arte marcial, assim como esporte e sistema educacional. Em 1901, recebeu o terceiro dan e começou a ensinar nas universidades japonesas. Em 1904, o Sensei Jigoro Kano sugeriu que Maeda viajasse para os Estados Unidos, para divulgar o Judô, sendo que antes de partir, recebeu do Sensei Kano o quarto dan.

Esta etapa da vida de Maeda é muito importante. Foi nesse período de viagens que Maeda participou de diversos confrontos contra lutadores de outras artes marciais como o boxe ou a luta-livre.

Quando esteve nos Eua, Maeda conseguiu derrotar oponentes muito mais altos do que ele, que tinha em torno de um metro e sessenta e seis, e também mais fortes. Viajou também para o Reino Unido, México, Cuba e França, realizando no total, segundo relatos, mais de 500 lutas oficiais contra os mais diversos oponentes e dentro de diversas regras, inclusive regras de vale-tudo. Devido a seu feito, em 1912 o Kodokan promoveu Maeda a 5° dan de Judô.

O apelido Conde Koma foi criado por ele quando esteve na espanha, para desafiar outro lutador japonêses, sem ser reconhecido. Koma é uma abreviação de komaru, que significa “estar em situação delicada”. Ele retirou a última sílaba da palavra e adicionou o termo Conde, aceitando a sugestão de um amigo. Segundo alguns relatos, o estilo de luta de Maeda se resumia a iniciar o combate com chutes baixos e cotoveladas, para depois levar o oponente ao chão e finalizar, estilo este parecido com o de alguns atletas do Kodokan do início do século XX, desenvolvido por causa dos constantes desafios.


Kano Ju-Jutsu – Treino sem kimonos

É importante notar que por causa das diversas viagens, Maeda pôde entrar em contato com outros japoneses que ensinavam Judô pelo mundo, além de entrar em contato com professores e mestres de outras lutas, assim como pôde desafiar campeões de boxe e luta-livre. Por conta disso, seu campo de conhecimento do judô não era apenas um conhecimento teórico típico de um mestre 5° dan, mas extremamente prático e amplo.

Maeda chegou ao Brasil em torno do ano de 1914, percorrendo diversas cidades brasileiras realizando demonstrações e lutas, como Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Belém, São Luiz e Manaus.
Neste momento, é importante ter em mente a confusão terminológica que passa a ocorrer. Neste período, inclusive no Japão, o termo “ju-jutso” ou “kano ju-jutsu” era utilizado quando alguém estava se referindo à parte técnica, sendo que o termo judô só era utilizado para se referir à parte filosófica. Foi somente em 1925 que o governo japonês oficializou o nome Judô como o nome oficial da luta que era ensinada nas escolas públicas do país. Na época que chegou ao Brasil, o nome Judô não estava oficializado, e portanto, era comum e esperado que os japoneses chamassem aquela luta de ju-jutsu, ou kano ju-jutsu. Por conta disso, era possível ver manchetes nos jornais brasileiros como a manchetes a seguir, do jornal “O Tempo” (1915):

Chega hoje, a bordo do paquete “Pará”, a toupe de lutadores japoneses de “jiu-jitsu”, que vem fazer as delícias dos freqüentadores dos popularíssimos do Theatro Politheama. Essa troupe que é chefiada pelo Conde Koma, campeão mundial de “Jiu-jitsu”, desembarcará em trajes orientais, percorrendo as ruas em automóveis. Os espetáculos a serem realizados pela troupe são em números pequenos, porquanto tem ela de, em breve, realizar outros contatos.



A terminologia “jiu-jitsu” era a terminologia utilizada pelos brasileiros para referir-se à luta japonesa Kano Ju-Jutsu, que seria posteriormente rebatizada oficialmente como Judô. E foi por este nome que ficou conhecida a luta que Maeda ensinou, ao se estabelecer no Brasil.

Foi em Belém do Pará que Maeda fixou residência e abriu sua academia. Lá, conheceu Gastão Gracie, que ficou muito amigo de Maeda. Gastão levou seus filhos para treinar com Maeda e aprender aquele estilo de luta que o tornava campeão de quase todos os desafios. É neste momento que começa a história do período em que o Kano Ju-jutsu se especializa em uma arte única e poderosa que hoje conhecemos como Brazilian Jiu-Jitsu.


fonte: http://www.gansekikai.org/a-historia-do-ju-jutsu-koryu#awp::a-historia-do-ju-jutsu-koryu

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

História do Ju Jutsu


   
Jujutsu ( japonês: 柔 术, pronúncia japonesa: [dʑuu.dʑu.tsu]) Não é um conceito próprio ou característico de uma luta só. Outros nomes também eram usados para designar as artes marciais japonesas, como taijustu, yawara, kogusoku, torite e kempo, entre outros, mas todos eram escolas de ju-jutsu.

    O jujutsu palavra é muitas vezes grafado como jiu-jitsu, ju-jitsu, jiu-jutsu ou jiu-jitsu. Aí já existe uma polêmica, pois muitos consideram um erro de grafia essas formas. Corruptelas da forma original e correta.

    “Ju” pode ser traduzido como “suave, flexível, maleável, flexível, ou ceder.” “Jutsu” pode ser traduzido como “arte” ou “técnica” e representa manipular a força do oponente contra ele mesmo, em vez de confrontá-la com a própria força própria.  Jujutsu desenvolvido entre os samurais do Japão feudal como um método para derrotar uma armada e blindados adversário em que se usa nenhuma arma, ou apenas uma arma curta. Porque batendo contra um adversário armado se mostrou ineficaz, os profissionais aprenderam que os métodos mais eficientes para neutralizar um inimigo tomou a forma de pinos, fechaduras comuns, e joga . Estas técnicas foram desenvolvidas em torno do princípio de usar a energia de um atacante contra ele, em vez de diretamente se opondo a ela.


Ju Jutsu: questões grafológicas

    Na transcrição dos ideogramas da grafia japonesa para a escrita em caracteres romanos, adota-se como norma o sistema Hepburn (1815-1911) que representa graficamente os sons do idioma japonês utilizando o alfabeto latino (FRÉDÉRIC, 1996). Este é o mais freqüentemente usado e universalmente seguido por estudiosos, instituições acadêmicas e os mais conceituados lexicógrafos.

    A “nacionalização” da escrita de vocábulos japoneses, visando aproximá-los da pronúncia de cada língua, torna muitas vezes irreconhecíveis as palavras nipônicas e cria uma confusão lingüística sem reproduzir com fidelidade a fonética japonesa. Dentro desta orientação, seguimos a praxe universal de respeitar as tradições japonesas.

    Desta forma é possível compreender as dificuldades de padronização da terminologia acerca do Ju Jutsu, que dependendo do país e cultura em que é praticado, varia de nome. Ora Ju Jutsu, ora Ju Jitsu, ora Jiu Jitsu, apesar destas divergências, todas as expressões designam o mesmo significado.

    O Ju Jutsu é escrito com dois ideogramas, JU (柔) e JUTSU (術), cuja pronúncia para o primeiro é entre “ju” e “dju”, o segundo entre “djutsu” e “djitsu”. Quando transcrito em letras romanas, o japonês usa a grafia “Ju Jutsu”. No ocidente existem diferenças na escrita e na fala, conforme a grafia e pronúncia de cada idioma. O mais correto é pronunciar e escrever o JU e JUTSU, pois o JU é o mesmo ideograma usado para escrever JUDÔ, portanto, seria incorreta a escrita e a pronúncia JIU DO.

    O ideograma de origem chinesa “JU” tem vários significados e interpretações, podendo ser; flexível, suave, maleável ou brando. Sua pronúncia varia conforme a combinação com outro ideograma que o completa e de como é usado em uma frase. Os ideogramas (chamados kanji) são caracteres que contem em si uma idéia e geralmente podem ser lidos de duas maneiras; a Chinesa (on) e a Japonesa (kun).
    O ideograma JU ou NYU na leitura Chinesa, pode também ser lido como “YAWA” na leitura Japonesa e é o mesmo ideograma para escrever JU DÔ e JU JITSU. Yawarakai quer dizer, flexível, suave, maleável, e Yawara Jutsu foi um dos antigos e o último nome da luta, antes de se tornar Ju Jutsu (KODOKAN, 1961).



    É difícil precisar quando ou quem criou o ju jutsu, existindo apenas histórias ou lendas a respeito.

 •  A primeira hipótese diz que um chinês de nome Chen Yuan Ping, teria ensinado a três Ronin (samurais sem senhor) - Fukuno Hichiroemon, Miura Yojiemon, e Isogai Jirozaemon;

•    A segunda hipótese conta que um médico de nome Akiyama Shirobei de Nagasaki teria aprendido a antiga arte marcial chinesa chamada hakuda (arte marcial filosófica de imobilizações, socos e chutes). Já no Japão, tal arte teria sido dividida entre estilos diferentes de karatê (Shorei Ryu Naha Te Kempo e Shorin Ryu Shuri Te Kempo) e ju jutsu (Yoshin-ryu Ju-jitsu).

•    Uma terceira hipótese diz ainda que o ju jutsu teria começado na “era dos deuses” e é uma invenção puramente japonesa.



Embora existam algumas hipóteses aceitáveis, é provável que as primeiras técnicas de imobilização tenham sido desenvolvidas por monges chinesas para evitar que durante suas longas peregrinações, fossem roubados por saqueadores nas estradas.
Existem várias escolas, modernas e antigas e o desenvolvimento e métodos de ensino de cada estilo merecem um capítulo à parte.


    Há muitas variações da técnica, que conduz a uma diversidade de abordagens. Jujutsu escolas (Ryu) podem utilizar todas as formas de técnicas de luta em algum grau (ou seja, jogando armadilhas, fechaduras comuns, detém, goivagem, mordendo, desengates, marcante e chute). Além de jujutsu, muitas escolas ensinam o uso de armas.


Entender a história do ju-jutsu antigo é valorizar os gênios que criaram, desenvolveram e mantiveram vivas estas artes até hoje, permitindo a nós hoje valorizar os mestres que deram origem às nossas artes marciais modernas, respeitando o ponto forte de cada uma destas artes, pois todas elas nasceram no mesmo lugar.

Vimos que o termo “jujutsu” não é o nome de uma arte marcial, mas sim, um nome genérico para praticamente todas as artes marciais japonesas antigas de luta corpo a corpo.

Até em torno de 1870, haviam no japão mais de 100 escolas (ryu’s) de jujutsu’s diferentes. E foi neste período que começou a decadência das artes marciais japonesas, pois foi em 1864 que o comandante americano Matthew Perry conseguiu fazer com que os japoneses abrissem suas portas ao mundo.

   
Hoje, jujutsu é praticado em formas esportivas tradicionais e modernos. Formas derivadas do esporte incluem o esporte olímpico e arte marcial de judô, que foi desenvolvido por Jigoro Kano no final do século19 apartir de vários estilos tradicionais de Jujutsu, que por sua vez foi derivado do anterior (pré-II Guerra Mundial ) versões do Kodokan Judô.


fonte:
http://caminhodasuavidade.wordpress.com/2011/08/01/historia-do-ju-jutsu/
 http://www.efdeportes.com/efd156/ju-jutsu-ju-jitsu-ou-jiu-jitsu.htm

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Tennen Rishin Ryu, sem violar a naturalidade



Kondou Isami (Isamu) Masayoshi


Poderíamos traduzir Tennen Rishin Ryu como "escola (Ryu) de (Tennen) compreensão natural (Ri) do espírito (Shin)." Sem violar a naturalidade "é inspirado no céu e se conforma com a Terra", como resultado, você vai aprender sobre os princípios da espada, chamado kenri.
De acordo com os princípios apenas elenco foi codificada a Tennen Rishin Ryū durante o Kansei Era (1789-1801), provavelmente em uma data por volta de 1790, por Kondo Kuranosuke Nagahiro que era então Kaiso (fundador) deste Ryuha. Sobre ele temos pouco, sabemos que era originalmente o país de Totomi (hoje parte ocidental da Província de Shizuoka), mas a data de nascimento é desconhecida. Ele visitou muitos países como um praticante de artes marciais e, em particular, ele era um estudante de Kashima Shinto-ryu, onde se tornou o 19 º Soke (fundador), mas em vez de continuar a tradição da Escola do Templo Kashima, ele decidiu deixar a sua intenção de criar um novo estilo de luta de espadas. Organizado, portanto, tudo o que ele tinha aprendido durante seus estudos em um novo sistema de ensino e transmissão, razão pela qual, embora codificada no período Edo, o Tennen Rishin Ryū herda totalmente a tradição de japonesa Koryu, sendo uma escola abrangente que inclui kenjutsu (que abrange também battojutsu e iaijutsu), Bojutsu, jujutsu e kiaijutsu. Ele codificou este estilo constantemente imaginando uma luta real, sempre ensinando a prática que tinha como objetivo final a vitória permaneceu imóvel por qualquer adversário.

No final de seu treinamento como um guerreiro, ele foi para Edo Kuranosuke, enquanto a organização de um dojo em Yakenbori, parece que ele foi continuamente para ensinar tanto Soshu que Bushu na cidade de Tama. Desde de Tama foi o local de origem do Chefe de 2 ª geração (Kondo Sansuke), terceira geração (Kondo Shusuke) e quarta geração (Kondo Isami), é muito provável que isso foi feito realmente. Embora você não sabe o ano de nascimento do fundador, não se sabe com certeza, que morreu em 1807.

O Tennen Rishin Ryu se tornou famoso, em Edo, com o Soke terceira geração, Kondo Shusuke, cujo dojo chamado Shieikan estava em Ichigaya Yanagichō; aqui allenarono muitos o espadachim mais forte do Bakumatsu, o primeiro da mesma criança Kondo Shusuke, Kondo Isami. Foi com este último que a escola tornou-se famoso em todo o Japão. Ele, depois de herdar o título de Chefe, em 1861, tornou-se, em 1863, comandante do Shinsengumi, uma força policial especial criada pelo Bakufu em Kyoto, que trabalhou entre 1863 e 1868, cuja tarefa era proteger a cidade de clima de extrema violência que surgiram naqueles anos. Muitos dos membros que criaram o Shinsengumi eram praticantes da Tennen Rishin Ryu, portanto, companheiros de treino do mesmo Kondo Isami. Não surpreendentemente, a escola foi batizada de "Makoto no Ken", ou "a espada de sinceridade", o ideograma indica que o conceito de "sinceridade" (Makoto), na verdade, é o emblema da Shinsengumi, cujos homens são considerados heróis nacionais por terem sido os protetores de Kyoto.



Mesmo que algumas técnicas foram completamente perdida, especialmente no início da era Meiji, Tennen Rishin-Ryu ainda é praticado hoje em dia, entre outros Koryu.




Lista de técnicas de Tennen Rishin Ryu 

• Satsuki-Ryo-ken
• Hiryu-ken
• Hira-seigan
• Sasoku-ken
• No Yu-ken
• Kobi-ken
• Denko-ken
• Katana-Nukizama-No-Koto
• Syarin-ken
• Otai-ken
• Getsuei-ken
• Seigan-ken
• Geppa-ken
• Unko-ken
• Koko-ken
• Sosha
• Sekka-ken
• Ryubi-ken
• Kakari-ken
• Ensha-ken
• Ranken-ken
• Shishio-ken
• Ukitori


fonte: 
http://rishinryu.blog19.fc2.com/
http://www.tennenrishinryu.it/
http://www.tennenrishinryu.com/


sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O "kiai", A Energia em Harmonia na marcialidade


O KIAI

O Kiai, normalmente entendido pelos ocidentais como o “grito” desferido pelos artistas marciais, na verdade tem uma significância muito mais profunda e origem muito mais comum em todos os reinos conhecidos. Desde o reino ígnio, com o estrondo de um vulcão em erupção, passando pelo reino animal, como o rugido paralisante de um leão no instante do ataque, ou até mesmo no cotidiano humano, com um grito de vitória ou o desabafo de uma frustração, o Kiai está presente em todos os pontos e momentos da vida.

Etimologia:

Kiai é uma composição de ki (気) significando mente, respiração ou espírito e ai(合, 合い), uma inflexão do verbo awasu (合わす), “unificar”; dessa forma literalmente significando “espírito unificado ou concentrado”. Entretanto deve se notar que da forma que está composto não tem o significado de “unificar”. Neste caso, quando usado nesta forma de palavra composta, ai se torna um marcador enfático. Kiai, dessa forma, deveria ser traduzido como “espírito”.

• Nas artes Marciais:

Kiai, vem de Ki que significa energia e Ai que significa harmonia. Dessa forma “Kiai” representa “energia em harmonia”. Em japonês, Kiai e Aiki possuem o mesmo canji que representa a harmonia da energia. Trata-se da concentração do Ki.

Nas artes marciais além do Kiai ser uma forma física simples de canalisar energia ao se efetuar um golpe e servir para sincronizar a respiração com os movimentos do corpo, ele serve para ajudar o praticante a adquirir um foco mental no momento do golpe, eliminando a latente preocupação de ser atingido pelo oponente e efetivamente melhorando o desempenho. Também pode ser usado de forma estratégica, pois ao executar o Kiai no momento certo, pode induzir o inimigo a iniciar seu movimento revelando sua intenção. Nem sempre o Kiai é utilizado juntamente com o golpe, ele deve estar sempre em harmonia com o movimento a ser executado e deve desferido no momento apropriado, pois o grito executado erroneamente pode chegar a ter efeito contrário a ponto de eliminar a harmonia do movimento.

No Japão existe uma arte que estuda e treina o uso do Kiai, o Kiaido, onde seus praticante chegam ao ponto de desabilitar seu oponente apenas pelo controle da energia do som.

• Funcionamento:

Sabendo que o som por si só representa uma forma de energia mecânica trafegando por um fluido para os físicos e formas de energia mais transcedentais e eletromagnéticas para numerólogos e outros esotéricos, a sua forma e expressão como intensidade e tons específicos podem provocar um número de efeitos nos elementos que o escutam.

O Kiai nasce no baixo ventre (Saika Tanden) aproximadamente 3 dedos abaixo do umbigo, região onde deve se localizar o nó da faixa, pelo uso da musculatura abdominal e diafragma e não da garganta. E ocorre em duas fases:

Fase do resetameto: consiste da contração dos músculos abdominais e inspiração profunda. Assim o Cérebro prepara o corpo para um surto de energia. A inspiração profunda enriquece a corrente sanguínea de oxigênio indispensável para o nosso organismo.

Fase do Impulso: leva-se a consideração em consideração a ação de atirar, levantar, empurrar, ou deferir um soco ou chute, enquanto o ar é expirado.

• TIPOS DE KIAI:

Kiai de Ataque

Alto ou baixo sendo que é uma energia expressada na ação, em geral em tom explosivo. Pode servir como uma preparação para o combate ou para um ataque, como forma de concentração.

Serve para prover um suporte abdominal para técnicas de ataque.

Igualmente como ocorre no reino animal, pode servir como forma de amedrontar ou paralisar oponentes não preparados.

Para os praticantes japoneses em geral soa como “Eei!” crescente.

Kiai de Reação

Em geral é um pesado e intenso som que visa criar uma sensação de desapontamento ao oponente quando sua tática é quebrada. Seja pela descoberta de sua arma que estava escondida ou pelo bem sucedido desvio ao golpe. Tem um som oco em geral lembra a expressão “toh!” dentre os praticantes japoneses.

Quando se recebe um golpe, pode servir para proteger a parte superior do corpo contra um golpe promovendo uma via de escape para o ar.

Também pode servir para proteger a parte inferior do corpo onde os músculos do abdómen são rapidamente tensionados formando uma proteção para os órgãos internos.

Kiai de Vitória

Em geral alto e agudo, serve como expressão de conquista e vitória. Alivia todos os efeitos da tensão muscular e dos hormônios acumulados durante das ações anteriores ao momento da vitória.

Em geral vem do plexo solar com o tom e exuberância de uma risada, passando a intenção de desencorajar o adversário após receber os inúmeros ataques. Os sons “Yah!” ou “yoh!” são naturais para os japoneses, apesar de não haver significado específico. Cada língua tem seus sons ou expressões de vitória de acordo com a cultura local.

Kiai oculto (sombra)

Não se trata necessariamente de um Kiai vocalizado, mas sim expulsão de energia do corpo e da mente. Se emitido, tem som semelhante a “humm!”. Este em geral é levado pelos ninjas que unem as características dos kiais de ação, reação e vitória em sua consciência marcial, onde o som emitido é a respiração sincronizada com os eventos da luta.

Kiai Silencioso

Não a som e com o kiai oculto serve para se focalizar a energia. Este é utilizado em diversas técnicas de meditação.


fonte:  Publicado em 17 de maio de 2011  por krafzik no site http://shintoryuiaido.wordpress.com/2011/05/17/o-kiai/

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Kenshibu a dança da espada


Endo Gentei Sensei realizando "Honnoji" (2005). 


Kenshibu (剣诗舞, significa a espada e dança poesia ) é uma categoria  japonesa de contar historias através das danças executadas a tradicional música acompanhada pela poesia conhecida como shigin (诗吟), a poesia japonesa. Refere-se  "Kenbu" dança executada com o auxílio de uma espada, e o  shibu para dança executada com um ou mais leques, com uso da espada e o leque  é chamado Kenshibu.


Nem o homem nem a mulher é uma dançarina profissional. Eles são artistas marciais, e as danças que eles estão realizando são kenbu (literalmente, dança de espada) e shibu (dança do leque), respectivamente. Kenbu e shibu (colectivamente referidos como kenshibu) são formas de arte relacionadas que foram anexadas a certas práticas tradicionais japonesas de artes marciais, geralmente aqueles que incluem armas.

Embora algumas fontes sobre kenbu estão felizes em apontar que "danças de espada" existiam desde os tempos Heian (794-1185), ou mais tarde, no período Tokugawa (1603-1868), pelo menos um tem o cuidado de salientar que esta não era kenbu como pensamos nisso agora. Um escritor sugeriu kenbu originou-se como uma forma de kagura (uma performa  dentro do santuário), mas eu acho que isso é improvável (Meirin Kai 2005, np). Há evidências de interesse samurai no desempenho No, e uma tradição amador de praticar do No pode ter existido, mas nenhuma evidência que eu tenho sido capaz de encontrar sugere um estilo particular de dança de qualquer tipo especificamente realizada por samurai.

Kenbu, como sabemos agora, era, aparentemente, um produto da Restauração Meiji. Como Cameron Hurst (1998), Donald Keene (2002) e outros apontaram, a transição para o regime imperial, que começou em 1868, criou toda uma classe de pessoas educadas, desempregados (e de certa forma, para alguns, desempregado) - os membros da antiga classe samurai. Enquanto alguns foram mantidas pelo novo governo, muitos foram expulsos, sendo substituída por uma nova classe de burocratas leais.

Embora kenbu japonês existe desde a Nara e Heian períodos (794-1185) da história do Japão, o kenshibu  é uma invenção moderna do pós- Meiji era (1868).

kenshibu se afirma as suas origens a partir da gekken Kaisha (撃 剣 会 社) criado por Sakakibara Kenkichi (榊 原 健 吉) em 1872. O gekken Kaisha em turnê no Japão, na prática de "performances de esgrima "(撃剣兴行, gekken Kougyou), que rapidamente se tornou popular.  Muitas escolas modernas de kenbu derivam de outras tradições, mas de Sakakibara gekken Kaisha foi o primeiro a explorar a forma.

Após o fim da II Guerra Mundial , as espadas foram proibidos no Japão por um período de cerca de sete anos. Durante este tempo, as escolas kenbu adaptado para usar ventiladores em vez de espadas em suas danças. Depois de espadas tornou-se legal, mais uma vez, este novo tipo de dança foi mantida. Com o tempo shibu evoluiu para um estilo distinto de kenbu, com suas danças definidos para a poesia de caráter menos marcial.




Kenbu (剣舞, occ.剣武) é realizada em hakama e kimono, usando tabi , um tipo de meias dividiu-dedo do pé. Vários outros itens podem ser usados ​​no traje, incluindo hachimaki (a tiara usada para manter o cabelo da dançarina puxado para trás) e Tasuki (uma tira de pano branco, que liga as mangas quimono fora do caminho). Quando esses outros itens são usados, um cinto de pano branco é tradicionalmente usado nos hakama laços. Este cinto branco foi originalmente usado por samurais se preparando para ir para a batalha e serviu para reforçar os laços de hakama para que, no evento que foram cortadas, o samurai não iria encontrar-se com as calças de repente amontoados em torno de seus tornozelos.





fonte: http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-BR&prev=/search%3Fq%3DKenshibu%26safe%3Doff%26hl%3Dpt-BR%26biw%3D1430%26bih%3D783&rurl=translate.google.com.br&sl=en&u=http://ejmas.com/jtc/2006jtc/jtcart_klens-bigman_0603.html&usg=ALkJrhgdozb9Zl03q06nGR_Xcj5UyDVpXg

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Shinto Ryu Budo, Filosofia do estilo



Segundo Raifu,

"Onde está o objetivo de treinamento do Shinto Ryu Budo? É para aprender a lidar com oponente que usa a espada, enfrentando-o com o uso da espada? Não. O verdadeiro objetivo do treinamento do Shinto Ryu é o aprimoramento da espada espiritual. Por mais que se dedique à arte marcial e aprimore a técnica, se faltar o desenvolvimento do aspecto espiritual, equivale a um ser humano sem alma e não tem nenhum valor.

Força de vontade firme e inabalável é obtida no treinamento e aprimoramento de si mesmo. O segredo  para movimentar-se está na concentração no espírito. A forma da aplicação da espada espiritual consiste em desenvolver todo o potencial do bujutsu, mantendo a mesma postura interior para enfrentar um, mil ou dez mil oponentes.

A utilização da espada espiritual não se limita à arte marcial ou tática de guerra. Ela pode ser aplicada em literatura, religião e em diversas atividades humanas. Portanto, Hibino Sôke acreditou que o segredo da utilização da espada espiritual esteja na concentração e ensinou que alcançar a condição da espada espiritual é a verdadeira glória relacionada à arte marcial.

Hibino Raifu empenhou-se na defesa dessa idéia, acreditando que o aprendizado de técnicas de espada gera um verdadeiro resultado quando elas são usadas para a elevação da consciência.

Realmente, Shinto Ryu Bujutsu consiste em se aprimorar como um todo. A espada espiritual não consiste somente em treinar os katas de uso de espada, mas a formação do  caráter e aprimoramento da nobreza de espírito.

Hibino Sensei sempre nas conversas dizia que:  Torne-se habilidoso usuário da espada espiritual, procure ser possuidor de força de vontade sólida e imóvel, ao invés de buscar ser melhor nas técnicas. O treinamento do Shinto Ryu Bujutsu consiste no aprimoramento do katsujinken, espada que dá a vida. O objetivo de treinar arte marcial é trilhar o caminho correto, corrigindo a personalidade e fortalecendo o espírito."

Citaremos as seguintes palavras de Hibino Raifu, a respeito do Shinto Ryu, para os seus praticantes:

"Mesmo que sinta fome, não demonstre;
Mesmo que sinta dor, não demonstre;
Mesmo triste, não demonstre;
Mesmo em fúria, não demonstre;
Mesmo em situações inesperadas e repentinas, não se afobe;
Não valorize a riqueza;
Não sucumba à gula e à bebida;
Sempre seja correto;
Sempre seja justo e não orgulhoso;
Tenha o coração grande como o mar;
Que seus objetivos sejam altos como as montanhas;
Siga as suas convicções, firme como uma rocha;
Que seu espírito seja da pureza de um cristal;
Siga o caminho da sabedoria dos antepassados;

Tenha sempre os ensinamentos acima em seus corações e aplique em seus treinamentos. Siga os ensinamentos para não envergonhar a sua espada."



fonte: http://www.shintoryu-budo.com.br/#!__filosofia

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Mitsugi Yoshimatsu Sensei e o Shinto Ryu no Brasil


Mitsugi Yoshimatsu Sensei, sucessor no Brasil de Habino Raifu, descendente direto de Daishisho Raifu III fundador do estilo  Shinto Ryu Iai Battojutsu de quem recebeu o grau de Menkyo Kaiden .




Em 1927, chegou ao Brasil o Sensei Mitsugi Yoshimatsu, discípulo direito do fundador, Hibino Raifu sensei. Yoshimatsu Sensei que passou a lecionar Shinto Ryu aos alunos interessados até 1977, quando vem a falecer.

Desde os primórdios da imigração japonesa, destacaram-se as práticas dos estilos Koryu, em particular, o Shinto Ryu Iaido e Iai Battojutsu, representadas principalmente na figura do Sensei Masatoshi Mitsugui Yoshimatsu.

No relatos o Yoshimatsu Sensei ensinou dois personagens interessantes , o Sensei George Guimarães e o Sensei Akira  Tsukimoto.

Mitsugi Yoshimatsu e George Guimarães


                                        Na foto da esquerda Mitsugi Yoshimatsu e foto da direita Akira  Tsukimoto


Mitsugi Yoshimatsu Sensei e  Akira  Tsukimoto Sensei indo para treino (1958)


Sensei  George Guimarães

 Do Sensei  George Guimarães  vem o  "Nihondentô Shinto Ryu Iaido" e  "Shinto ryu iaido do brasil"


Sensei Akira  Tsukimoto 




 Do Sensei  Akira Tsukimoto  vem o  "Shinto Ryu Shinken Bujutsu Tsukimoto Ha" e  "Shinto Ryu Kenbujutsu Battodo"


Acredito que existam mais informações sobre tais mestres citados,  caso alguma informação seja incerta,  e algum praticante de algum desses estilos citados no texto quiser acrescentar ou corrigir algum termo, seja bem vindo..

  



fonte: 
http://www.shintoryu-budo.com.br/#!__honbu
http://shintoryuiaido.wordpress.com/sobre/
http://www.kendopiratininga.com.br/hist6.html
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?tid=5593458298980401113&cmm=9561039&hl=pt-BR

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Linhagem de Soke do Suio Ryu Iai Kenpo

Linhagem de Soke  do Suio Ryu Iai Kenpo



Suio Ryu Iai Kenpo foi fundado por Mima Yoichizaemon Kagenobu (1577-1665). Ele nasceu no Dewa feudo de Mima Saigu, um padre no Junisha Gongen Santuário. Ele estudou Bokuden ryu, bem como um estilo de Jo praticado por sacerdotes xintoístas.
Quando ele tinha 18 anos, ele começou a estudar as técnicas de Iai da escola Hayashizaki sob Sakurai Gorozaemon. Depois de ter sido dada uma visão geral dessas técnicas, ele viajou por todo o Japão, para estudar com mestres diferentes e aperfeiçoar suas habilidades. Por algum tempo, ele treinou no Naginata-jutsu dos monges budistas do Monte Hiei, as técnicas que foram aplicadas muitas vezes pelos sacerdotes durante o período dos Reinos Combatentes.
Ele não se contentou em desenvolver apenas o lado físico de suas artes marciais durante este tempo. Em vez disso, ele continuou treinando como um sacerdote xintoísta, e meditava todas as noites, mesmo indo tão longe a ponto de ir em longos retiros para locais sagrados isolados nas montanhas. Foi por causa desse lado espiritual de sua formação que ele finalmente alcançou a iluminação. No vigésimo ano de seu treinamento, ele foi atingido com uma visão de gaivotas brancas que flutuam sem esforço e sem pensamento consciente sobre a água, e nomeou o estilo que surgiu a partir de sua revelação do "Suio Ryu", ou estilo água-Gull de esgrima.
Os aspectos espirituais, filosóficos de sua formação estão em toda parte nas técnicas de Ryu Suio, eo núcleo waza ou técnicas, estão vinculados ao Shinto cosmologia que define os céus ea terra.
Yoichizaemon continuou treinando e fazendo turnês por toda a vida, e aos 67 anos se retirou para passar o Suio Ryu para seu filho, Mima Yohachiro Kagenaga. Para as técnicas fundamentais estabelecidos pelo fundador, Yohachiro adicionado a 10 Goin básico e Goyo kata, que servem para estabelecer forte base técnica. O 9º Soke, Fukuhara Shinzaemon Kagenori, introduzido Masaki Ryu Kusarigama Jutsu para o currículo. A tradição da transmissão oral de técnicas continua até os dias atuais, com o 15º Soke do Suio Ryu Iai Kenpo, Katsuse Yoshimitsu Kagehiro.

Honbu dojô do Suio ryu

 Atualmente o  Suio Ryu


O ensino presencial dia, promulgação e preservação do Suio Ryu Iai Kenpo é presidida por 15 geração, Soke Katsuse Yoshimitsu Kagehiro do Hekiunkan Dojo na cidade de Shizuoka, Shizuoka, Japão. Katsuse Soke também serve como 12 ª Geração Soke da Ryu Masaki Fukuhara Ha de Kusarigama jutsu.
Na quarta-feira, 24 de março de 2004, Katsuse Sensei reconheceu oficialmente a filial americana da Suio Ryu Iai Kenpo, sob a direção do Sensei Yamazaki. Com sede em Anaheim, Califórnia, este ramo inclui dojos oficiais em Rhode Island, da Universidade da Califórnia, em Irvine, e em San Francisco, Ohio, Washington e Nebraska.

fonte:http://www.suioryu-usa.org