sexta-feira, 29 de março de 2013

O segredo do SEMÊ, segundo SASABURO TAKANO


Abaixo, a interpretação de um trecho extraído de uma entrevista com YASUNORI TANIGUCHI SENSEI (Hanshi, 9º Dan) publicada na Revista Kendo Nippon.


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Na época em que estudava no Tokyo Koutou Shihan Gakkou (atualmente Universidade de Tsukuba), Taniguchi Sensei teve a oportunidade de ser TSUKIBITO (uma espécie de assistente do sensei, designado para carregar o bogu, cuidar dos equipamentos, dobrar o keikogui, etc.) de SASABURO TAKANO SENSEI. Conhecido como “KENSEI (ken= espada/ sei= santo)” Takano Sensei nessa época ultrapassava os 80 anos. Taniguchi Hanshi o considerava como um ser que estava acima das nuvens e nessa entrevista ele fala sobre SEMÊ conforme teve a chance de aprender na fase final da vida de Takano Sensei.

Diferença entre “IR PARA FRENTE” e “FAZER SEMÊ (atacar)”

Durante dois anos que frequentei o Tokyo Koutou Shihan Gakkou fui TSUKIBITO do Takano Sensei que na época o frequentava duas vezes por semana. Ele tinha o dedo deformado pela grande quantidade de treinos que acumulou ao longo do tempo e por isso o acompanhava, chegando até a comprar sua passagem de trem.

Do colégio até a estação eram 20 minutos de caminhada e no meio do trajeto havia um parque onde o Sensei costumava descansar. Quando ficava atrás dele, o aguardando em pé - porque para mim ele era uma pessoa tão elevada a ponto de estar acima das nuvens, inatingível - ele conversava um pouco comigo.

Nesse leva e trás de dois anos foi possível ouvir uma quantidade considerável de conceitos sobre o kendô, e a seguir, falarei sobre as teorias de SEMÊ que ouvi do Sensei durante esse tempo. Apesar de ser o último discípulo do Takano Sensei, acho que tenho que retransmitir os ensinamentos que recebi. Caso contrário, suas boas teorias desaparecerão.

Antes de falar do SEMÊ, vou falar sobre o MAAI (distância). Denomina- se TADASHII MAAI (distância ideal) o ponto onde um KENSAKÍ (ponta do shinai), encontra outro KENSAKÍ. Diz- se TIKAMA (curta distância) ao avançar, e TOOMA (longa distância) ao afastar- se do ponto onde os KENSAKÍ se encontram. Assim, há no MAAI o TADASHII MAAI, o TIKAMA e o TÔMA. O kendô é a batalha do TADASHII MAAI.

É fácil muitas vezes se confundirem, mas sair sorrateiramente do TADASHII MAAI com um passo, apenas para avançar, é somente “ir para frente” e não é SEMÊ. Há muitos que acham que entrar nesse MAAI já é SEMÊ.

Existe uma linha divisória ao discutir sobre kendô. Essa linha separa entre quem consegue obter uma alta graduação dos quê não conseguem. Nessa divisão, os mais graduados compreendem o que é SEMÊ, mas para os menos graduados é algo mais difícil. Por isso, quando o técnico fala para o aluno “Faça semê!” e o aluno simplesmente só entra no TIKAMA, ele não está compreendendo muito bem o quê é SEMÊ.

O conceito básico do kendô é “Fazer SEMÊ com o KI (espírito) e golpear com o RI (razão)”. Ou ainda, seria o verdadeiro conceito “Vencer pelo KI e golpear com o RI”. O objetivo de fazer SEMÊ é criar a oportunidade de dar o DATOTSU (golpe válido). SEMÊ não é simplesmente avançar de forma mecânica. O fundamento que rege o SEMÊ é a criação de oportunidades. Por isso, superficialmente há uma certa impressão de que se está indo para a frente. Mas, para avançar, é necessário que o espírito tenha vencido antes. Esse “Vencer com o KI”, “Fazer SEMÊ com o KI” têm como objetivo conquistar a oportunidade de criar o DATOTSU. Esse conceito é o princípio básico do kendô.

Então a seguir vêm a dúvida: “O quê é a oportunidade de dar o DATOTSU?”. Ou, ao contrário: “Como fazer SEMÊ para ter essa oportunidade?”.

Como o SEMÊ é para criar a oportunidade de dar o DATOTSU, então é necessário saber quais são essas oportunidades. Takano Sensei dizia que há 6 oportunidades favoráveis. A primeira é “Eliminar a verdade do adversário e golpear sua mentira”. A verdade é quando o KIHAKU (espírito com intensidade), o KEN (espada) e o TAI (físico) do adversário estão plenamente conjugados. Falando mais facilmente, a verdade do adversário é quando este está com postura combativa do tipo “Vou atacar!”. Com sua verdade e seu SEMÊ eliminados, o adversário defende ou então se assusta com o SEMÊ que recebe e se afasta. Essa é a sua mentira. Golpeia- se essa mentira. Também é assim quando o KI está ausente. O KI se ausenta no momento em que seu físico se esgota. Vira mentira quando o KIHAKU fica deficiente, quando desaparece a vontade dele de golpear ou quando sua postura psicológica está abalada. Eliminar a verdade e golpear a mentira. Essa é a condição número um para se ter a oportunidade de dar o DATOTSU.

A segunda, é a atitude do adversário. A atitude física. Golpeia- se no início do WAZÁ (golpe) dele. Por isso é primordial que exista uma predisposição de se fazer SEMÊ em linha reta ou em diagonal. É um SEMÊ exatamente para esse tipo de situação. Mas antes de se conseguir fazer isso a sua intenção, o seu KI deve ser vencido.

Takano Sensei chamava a terceira oportunidade de “KÔGUISHIN”. KÔGUI é quando se tem medo com relação ao adversário. Um sentimento do tipo “meu adversário é muito forte”. Ele dizia que deve- se golpear assim que esse sentimento surgir em você.

Outra oportunidade, é o momento em que o adversário se acomoda. Isso é quando o pé dele não está em postura de avançar, mas se apóia para trás. Ou seja, quando o calcanhar toca no chão e a parte da frente do pé fica levantada. Ou também, quando as pernas dele estão afastadas.

Também falava que  “precipitar a atitude do adversário”, cria oportunidades. Tanto psicologicamente, quanto tecnicamente. O adversário somente “vem acertar” apressadamente você porque a sua defesa está muito sólida. E nesse caso, o adversário vem lhe golpear desesperadamente. Uma outra forma de precipitá- lo é você tentar dar o DATOTSU agressivamente. Se você for com firmeza e intensidade, com certeza ele se precipitará.

A sexta oportunidade é quando o WAZÁ do adversário se esgota. O momento em que o adversário não consegue dar WAZÁ depois da postura defensiva que tomou ao receber RENZOKU WAZÁ (golpes seguidos) é o seu esgotamento. Ou também quando o adversário tem seus golpes anulados ou defendidos e ele não tem mais golpes além dos quê foram invalidados. Esse esgotamento ocorre quando os pés dele param.

Essas são as 6 oportunidades que Takano Sensei dizia serem imprescindíveis para golpear. No caminho da volta, ele comentava muitas vezes “Recebi muito SEMÊ hoje e meus WAZÁs acabaram se esgotando”. Mas, ele dizia que a própria pessoa tinha que pensar no quê fazer quando seu WAZÁ se esgota. Ele nunca dizia “Hoje o adversário se acomodou. Teve medo e não conseguiu avançar. Por isso, faça isso, ou faça aquilo”. Pois se há 10 pessoas, essas 10 serão diferentes umas das outras. Dizia que esse era um tipo de aprendizado que se adquire fazendo KEIKO (treino de combate) .

Também há “3 pontos imperdoáveis”. São pontos que nunca poderão ser esquecidos com relação ao DATOTSU. Um é o momento em que o adversário consegue deter o golpe. Ou seja, o segundo TACHI (espada). As pessoas hoje em dia costumam voltar ao início após seu golpe ser defendido. Ou fazem SEMÊ exatamente da mesma forma. É o cúmulo da loucura. Se vai para o WAZÁ de MEN, depois faça o WAZÁ para baixo. Como o DATOTSU no kendô é um movimento circular, o MEN é um corte feito com HIKIGUIRI (cortar puxando). Sendo um movimento circular, se o adversário defender o SEMÊ que foi feito por cima, facilmente dá para você ir por baixo. No caso do seu KOTÊ ser descartado ou defendido, vá para cima. Ou se o MAAI está muito distante vá no KOTÊ KOTÊ MEN. Essa é a potência do TACHI. No kendô atual se “espeta” para a frente e se golpeia. A dificuldade de se bater um próximo WAZÁ ocorre porque um WAZÁ “espetado” não é um movimento circular.

Atualmente, ao assistir aos SHIAIs (lutas) dos estudantes vejo que está ISSOKU (um pé) NITTÔ (duas espadas), ou seja enquanto está se dando um passo golpeia- se duas ou três vezes, mas assim não é possível cortar. O Sensei ensinava que kendô é ISSOKU ITTÔ (um pé, uma espada). Se der um passo, dá- se também apenas um TACHI. O kendô que aprendi é o “kendô que corta”, mas atualmente virou o “kendô que acerta”. Ao assistir o ZEN NIHON SENSHUKEN TAIKAI (Campeonato Japonês de Kendô) acho que não consigo “cortar acertando” daquele jeito e anualmente vejo lutas que não são de kendô.

A segunda coisa imperdoável dentre as três é como pensar a atitude. Quando me refiro à atitude, é sobre a atitude física. Mas, para ser compreendido mais facilmente é perceber o movimento dos quadris e a atitude das mãos do adversário. Isso não pode ser ignorado. E não somente ver isso no adversário, como se fosse uma parte separada. Miyamoto Musashi dizia “Mirar uma montanha distante”, há quem diga também “Mirar o KOYÔ (fenômeno natural do outono japonês em que as folhas ficam vermelhas e o conjunto dá a impressão da montanha estar toda tingida de vermelho)”. Significa que não adianta na época do KOYÔ ver as folhas uma por uma, em separado. Se você fizer o KAMAÊ pensando que o quê está longe está perto e mostra o contrário ao adversário, de fato o KAMAÊ começa a ficar desse tipo. Mesmo que o adversário tenha a mesma altura que você, pense que para o adversário você está distante, mas para você ele está próximo. Ele dizia que isso na verdade não existe,  mas psicologicamente isso se torna um fato. Não consegui perguntar a ele como conseguia fazer isso. Igual ao ZEN (refere- se ao Budismo), como uma reflexão de meditação, fazia KEIKO pensando de quê forma conseguiria mostrar- me grande aos olhos do adversário. Muitas vezes era como se o shinai do adversário parecesse grande. Isso não ocorre na verdade, mas esse tipo de fenômeno começa a surgir dependendo da quantidade de KEIKO que você praticar. Quando tentei atacar o Takano Sensei, também senti o shinai dele vir intensamente e tive a sensação de ser engolido por uma onda enorme.

E o terceiro, é o corpo se acomodar.

Se acumular tanto os 3 pontos imperdoáveis, quanto as 6 oportunidades do DATOTSU, entenderá o SAN SAPPOU (lei dos 3 assassinatos). SAN SAPPOU é matar o KEN, matar o WAZÁ e matar o KI.

Primeiro, ao matar o KEN, analise se ao golpear um KEN vivo o KENSAKÍ do adversário vem espetar rapidamente à altura do pescoço, ou se faz o contra- golpe. Ele dizia que ao perceber o KENSAKÍ do adversário você deve golpear algo, bater no shinai, fazer UTI OTOSHI (bater no shinai do adversário com a intensidade de derrubá- lo) e assim, matar o KENSAKI do adversário. Miyamoto Musashi dizia para o golpear, ou bater, ou repelir, ou até envolver o KENSAKÍ. Vejo muitas vezes os KENSAKIs se baterem desordenadamente, mas existe uma diferença entre as pessoas que fazem conscientes àquelas que fazem somente porquê o KENSAKI do adversário está atrapalhando. Também parece- me que quando estão no TADASHII MA os senseis de alta graduação sabem se o KENSAKÍ do adversário está vivo ou morto. Falando ao contrário, pessoas que não entendem isso não conseguem obter uma alta graduação.

Para matar o WAZÁ é necessário analisar a condição física do adversário. Generalizando, quem tem estatura baixa consegue ter intensidade no RENZOKU WAZÁ e se movimenta agilmente para os lados. Quem tem alta estatura, ao contrário, tem seus movimentos para os lados mais lentos e os golpes são triviais, monótonos. Mas também, para acertar só precisam esticar o braço. Esses aspectos devem ser rapidamente captados.

Há agora, a necessidade de se saber o SEIGAN NO GOHÔ (as 5 leis do SEIGAN) do CHUDAN NO KAMAE (kamae do meio, em que a ponta do shinai é voltada para o corpo do adversário). Existem diferentes denominações para os locais onde a extensão do shinai toca no adversário. Como o shinai é reto, é fácil de se compreender amarrando outro shinai em seu extremo. Se o KENSAKÍ dessa extensão tocar na testa é SEIGAN 晴眼. Se tocar no olho esquerdo é SEIGAN 青眼 (a pronúncia em japonês é a mesma, mas a escrita é diferenciada). Usualmente quando citam a palavra SEIGAN se referem a esse 青眼 , o do olho esquerdo. O quê toca entre as sombrancelhas, no meio, é o SEIGAN 星眼. Ao tocar na garganta é SEIGAN 正眼. Ao tocar no umbigo diz- se SEIGAN 臍眼. Ele dizia que para dar vida ao seu KENSAKÍ, deve- se utilizar o 晴眼 (testa) para pessoas altas; para lutar contra JODAN (KAMAÊ em que a ponta do shinai aponta para o céu) o青眼(olho esquerdo); se o adversário tiver a mesma estatura que você o 正眼 (garganta) e no caso de pessoas com estatura mais baixa que a sua o 臍眼 (umbigo).

Se pensar dessa forma não se pode simplesmente argumentar sobre a questão de “Como deve- se fazer SEMÊ para atacar?”. Acho que um dos argumentos é o motivo em si de se fazer SEMÊ. Se faz SEMÊ para o DATOTSU. A forma de se fazer o SEMÊ leva em consideração o SAN SAPPOU, as 6 oportunidades e os 3 pontos imperdoáveis. Insira em sua mente essas 12 condições e nunca as esqueça. Não é ir simplesmente para frente; se faz SEMÊ para conseguir essa chance oportuna.

Há um ditado na arte do YUMI (arco e flecha japonês) que diz: “Se a oportunidade está amadurecida, mesmo antes de se atirar, o alvo já foi acertado”. Significa que quando a oportunidade está amadurecida dá para saber, mesmo antes de soltar a flecha, se a pessoa vai acertar o alvo ou não. Isso também se relaciona ao kendô. Não solte o WAZÁ antes da oportunidade estar amadurecida. Solte seu WAZÁ quando você estiver vencendo no SEMÊ pelo KI. Ele dizia que sem sentir isso não se deve soltar o WAZÁ.

TANIGUCHI YASUNORI: TAKANO SASABURO KARA KIITA SEMÊNO GOKUI. Revista Guekkan Kendo Nippon, Japão, ed. no. 278, p. 54-56, abr. 1999.

Fonte: http://kendoemportugues.blogspot.com.br/2010/08/o-segredo-do-seme-segundo-sasaburo.html

sexta-feira, 22 de março de 2013

Onna-bugeisha, Mulheres guerreiras do Japão





Um onna-bugeisha  era um tipo de mulher guerreira que pertence à japonesa classe alta . Muitas esposas, viúvas, filhas, e os rebeldes responderam ao chamado do dever de se envolver em uma batalha, geralmente ao lado de homens de samurai. Eles eram membros da classe bushi (guerreiro) no Japão feudal e foram treinados no uso de armas para proteger sua casa, família e honra em tempos de guerra. Eles também representaram uma divergência com o papel de "dona de casa" tradicional da mulher japonesa. Eles são muitas vezes erroneamente referidos como samurai do sexo feminino, embora esta seja uma simplificação exagerada. Onna bugeisha eram pessoas muito importantes no Japão antigo. Ícones importantes como Imperatriz Jingu , Gozen Tomoe , Takeko Nakano , e Masako Hōjō estavam todos bugeisha onna que veio a ter um impacto significativo sobre o Japão.


História Antiga

Muito antes do surgimento do famoso samurai de classe, lutadores japoneses foram altamente treinados para empunhar uma espada e lança. As mulheres aprenderam a utilizar naginata , kaiken , e da arte de tantojutsu na batalha. Essa formação assegurada a proteção em comunidades que não tinham lutadores masculinos. Uma tal mulher, mais tarde conhecida como Imperatriz Jingu (c. 169-269 dC), utilizado suas habilidades para inspirar a mudança econômica e social. Ela foi reconhecida como a lendária bugeisha onna que liderou a invasão da Coréia, em 200 dC, depois de seu marido Imperador Chuai , o imperador catorze do Japão, foi morto em batalha. De acordo com a lenda, ela milagrosamente levou uma conquista japonesa da Coreia sem derramar uma gota de sangue. Apesar das controvérsias que cercam sua existência e suas realizações, ela era um exemplo do bugeisha onna na sua totalidade. Anos depois de sua morte, Jingu foi capaz de transcender as estruturas sócio-econômicas que foram incutidos no Japão. Em 1881, a Imperatriz Jingū tornou-se a primeira mulher a ser destaque em uma nota japonesa. Projetado para combater a contrafacção, a sua imagem foi impressa em papel oblongo.  Além de mudanças econômicas no Japão, onna bugeisha esticada também estruturas sociais.


Durante o início Heian e Kamakura períodos, as mulheres que se destacaram no campo de batalha eram a exceção e não a regra. Ideais japoneses da feminilidade predispostos a maioria das mulheres a impotência, em conflito com um papel de guerreira.  mulheres guerreiras eram, ainda assim pioneiros neste papel, e alguns até mesmo passou a liderar seus próprios clãs.

Período Kamakura

A Guerra Genpei (1180-1185) marcou a guerra entre os Taira e Minamoto , dois muito importantes e poderosos clãs japoneses da tarde- Período Heian . Durante este tempo, o épico Heike Monogatari foi escrito e contos de samurais corajosa e dedicada foram recontados. Entre aqueles era Tomoe Gozen , esposa de Minamoto Yoshinaka do clã Minamoto. Gozen assistida seu marido em se defender contra as forças do seu primo, Minamoto no Yoritomo . Durante a Batalha de Awazu em 21 de fevereiro 1184, entrou em Gozen as forças inimigas, atirou-se sobre seu mais forte guerreiro, desmontado, imobilizado e decapitou.

No conto de Heike , Gozen foi descrito como sendo "especialmente bonita , com características de pele branca, cabelos longos, e charmoso. Era também um arqueiro notavelmente forte e, como espadas-mulher que ela era um guerreiro vale um mil, pronto para enfrentar um demônio ou um deus, montada ou a pé. Ela lidou cavalos domados com habilidade excelente;. ela cavalgava ilesa baixo descidas perigosas Sempre que uma batalha era iminente, Yoshinaka enviou-la como seu primeiro capitão, equipada com uma armadura forte, uma espada de grandes dimensões, e um poderoso arco, e ela realizou mais feitos de bravura qualquer um de seus outros guerreiros "

Embora ela não foi provado ser uma figura histórica, Gozen afetou grande parte da classe guerreira, incluindo muitas escolas Naginata tradicionais. Suas ações no campo de batalha também recebeu muita atenção nas artes peças como Tomoe não Monogatari e pinturas ukiyo diversos. Conforme o tempo passou, a influência do onna bugeisha viu sua maneira de pinturas para a política.
Após a Heike foram frustradas para as províncias ocidentais do Japão, o shogunato Kamakura (1185-1333) foi estabelecida logo sob o domínio de Minamoto no Yoritomo. Depois que ele passou, sua esposa, Hōjō Masako , foi o bugeisha onna primeira a se tornar um jogador de destaque da política - nos primeiros anos da regência Hojo. Masako tornou-se um budista freira, um destino tradicional das viúvas samurai, tornando-se conhecido como "O General em Hábito Freira". Ela intimidado a classe samurai em apoiar seu filho, Minamoto no Yoriie , como o primeiro Hōjō Shikken (regente) em Kamakura.
Através dos esforços coletivos de Masako e uma fantoches alguns políticos, as leis que regem corte do shogun no início do século 13 permitiu que as mulheres direitos iguais de herança com parentes fraterna. Mesmo que o papel fundamental das mulheres no Japão antigo continuou a ser o apoio à sua família e seus maridos, eles adquiriram um status mais elevado na casa. Essas leis também permitiu que as mulheres japonesas para controlar as finanças, propriedade legar, a manutenção da casa, servidores gerenciados, e para criar seus filhos com boa educação samurai, Fiel,. Mais importante, as mulheres japonesas também eram esperados para defender suas casas em tempos de guerra.

Período Edo e além

Por causa da influência do neo-confucionismo filosofia e mercado de casamento estabelecida do Período Edo (1600-1868), o estado da onna-bugeisha diminuiu significativamente. A função de Onna-bugeisha mudou, além de seus maridos. Samurai não estavam mais preocupados com as batalhas e guerras, eram burocratas . As mulheres, especialmente as filhas de famílias de classe mais altas, foram logo para peões sonhos de sucesso e poder. Os ideais que ruge de devoção destemido e abnegação foram gradualmente substituídos por calma, obediência passiva civil.
Viagem durante o Período Edo era exigente e inquietante para mulher samurai  muitos por causa de fortes restrições. Eles sempre tiveram que ser acompanhada por um homem, uma vez que eles não foram autorizados a viajar por conta própria. Além disso, eles tiveram que possuem licenças específicas, estabelecer os seus negócios e motivos. Mulheres Samurai também recebeu assédio tanto de funcionários que trabalhavam postos de inspeção.

O início do século 17 marcou uma transformação significativa da aceitação social das mulheres no Japão. Samurai muitos viram as mulheres como meros portadores criança, o conceito de uma mulher ser um companheiro adequado para a guerra já não era concebível. O relacionamento entre marido e mulher podem ser correlacionados com a de um senhor e seu vassalo. "Maridos e esposas nem sequer costumam dormir juntos. Iria visitar o marido de sua esposa para iniciar qualquer atividade sexual e depois se retirar para o seu quarto".  Apesar da visão social da mulher como sendo meros meios para um fim, eles ainda deve mostrar consolo para a morte quando se tratava de defender a honra do marido. Solidariedade da esposa por causa de seu marido era um tema comum e bem receptivo na cultura japonesa. Além de auto-sacrifício, a auto- renúncia foi também um imperativo da qualidade uma mulher japonesa teve que possuem até o início do século 20.

Em 1868, durante a Batalha de Aizu , uma parte da Guerra Boshin , Nakano Takeko , membro do Aizu clã, foi recrutado para se tornar líder de um corpo de mulher que lutou contra o ataque de 20.000 Exército Imperial Japonês do domínio Ogaki. Altamente qualificados no, naginata Takeko e seu corpo de cerca de 20 juntou 3.000 outro Aizu samurai em batalha. O Templo Hokai em Aizu Bangemachi, Fukishima província possui um monumento erguido em sua honra.

sexta-feira, 15 de março de 2013

O caminho dentro de um “estilo antigo” – Koryu Budô – A influência religiosa


SHINTOÍSTAS, ANIMISTAS e SHINGONÍSTAS são as escolas mais antigas, as primeiras escolas mães
(KEIZU RYU HA), elas foram concebidas de acordo com os ensinamentos do verdadeiro caminho divino (me refiro ao princípio esotérico, que visava transformar o homem em um ser divino, consciente, desperto).

Tais escolas remontam desde o princípio da história do Japão. O ANIMISMO é também conhecido como uma espécie de XAMANISMO, este tipo de prática visava dar a seus praticantes uma espécie de relacionamento com as forças da natureza que o cercava em combinação com suas forças espirituais e mentais. O SHINGON apesar de ser uma seita budista, está mais afinado com as tendências de pensamento animistas, pois seu ensinamento vem do VRAJARAYANA DHARMA (Budismo ascético), estes ensinamentos são diferentes do MAHAYANA DHARMA dos quais descendem a maioria das seitas Budistas posteriores como o ZEN, o NICHIREN, o JYODO, etc. Nestes seguimentos acreditava-se na exploração dos poderes psíquicos e sentidos sobrenaturais que eram colocados em prática, até que seu adepto conseguisse fundir com sua divindade interior.

SHUGENDO é o nome dado ao sincretismo entre o Budismo e o Shintoísmo. Os Shugenistas como eram chamados, eram aqueles que em suas escolas procuravam unir as tendências de pensamento das escolas anteriores, unindo o antigo ensinamento com o ensinamento mais moderno e com influência exterior.

O SHUGENDO também é um dos nomes dado à religião praticada pelos YAMABUSHI (guerreiros das montanhas, rebeldes, ascetas). Geralmente quase todas as escolas de KORYU têm este tipo de tendência filosófica.
Apesar destas formas de pensamentos serem consideradas como uma religião para a maioria da população, para os adeptos de um KORYU estes ensinamentos vão muito além do simples ato devoto. Para um adepto estes ensinamentos transcendem o aspecto meramente religioso do ponto de vista da Salvação, da Absolvição, tais caminhos visavam elevar o estado espiritual de seus praticantes até obterem a iluminação, (no sentido de Sabedoria suprema). A reunião destes princípios filosóficos e religiosos formou  a maioria das escolas tradicionais KORYU.


sexta-feira, 8 de março de 2013

O sistema de graduação Koryu



A Maioria dos estilos passou a ter um maior número de graduações, como reflexo de estruturação e expansão dos ensinamentos do estilo.
Os nomes dados a cada nível de graduação variavam radicalmente de estilo para estilo, mas é possível observar a existência de duas grandes linhas de termos. A primeira, provavelmente mais antiga, utilizava uma progressão aproximadamente de seguinte forma:

Kirigami —> Mokuroku —> Kaiden —> Inka

E a segunda exibia uma ordem semelhante à sequência abaixo:

Shoden —> Chûden —> Okuden —> Menkyo Kaiden

Os critérios para que um praticante recebesse a graduação também variavam de acordo com o estilo e de acordo com o mestre. O principal critério, obviamente, era a proficiência e a compreensão que a pessoa alcançava dentro da arte. Havia também a possibilidade de se conferir uma determinada graduação por motivos de  giri, ou seja, um compromisso baseado em termos morais. E, por fim, havia um motivo bem menos nobre, que era a obtenção benefícios materiais.
Principalmente por volta da metade da Era Edo, durante o prolongado período de paz, questões de hierarquia, dinheiro, status e política podiam exercer influência significativa dentro de um dado estilo. Por outro lado, quando a graduação não refletia de fato as habilidades do praticante, era comum o diploma ter apenas uma versão parcial do texto, ou ainda estar totalmente em branco.


fonte: trecho do livro "peregrinos do sol"

sexta-feira, 1 de março de 2013

Os Setes Mitos sobre os Samurais




1. Suicídio para preservar a honra

Mitos populares apontam que o Samurai comete o seppuku (suicídio ritual), a fim de preservar a honra. Durante Sepuku, o Samurai corta sua barriga com uma espada ritual do tamanho de uma faca longa, a wakizashi.
É um fato histórico que os samurais às vezes recorreram ao seppuku. No entanto, a razão nem sempre foi a preservação da honra,  existe outra muito mais egoísta: se um samurai se matou por seppuku, por lei sua propriedade é deixada para seus herdeiros e familiares, porém, se o samurai foi capturado e executado como um criminoso ou um prisioneiro, ele perde todos os bens. Assim, muitos samurais cometeram  seppuku para defender suas propriedades.


2. O samurai não recua

Estudos sugerem que os samurais eram tão práticos no campo de batalha, assim como qualquer outro soldado. Relatórios escritos por guerreiros samurais contam sobre como alguns samurais entraram em batalha, e depois recuaram quando começaram a sofrer perdas.

3. Os Samurais são dependentes da espada

O guerreiro samurai é geralmente retratado na batalha como completamente dependente de sua espada (katana).  Na verdade, os samurais usavam várias armas. Estudos sugerem que as lanças longas chamada Yari, foram as principais armas nas grandes batalhas.
No Japão feudal, a katana era uma peça muito cara, transmitida de geração em geração. Na verdade, elas podem  ser consideradas caras demais para uso em batalha e muitas vezes, a coisa mais cara na posse de um samurai.

4. Samurais eram Cavalheiros

Muitos estudiosos são da opinião de que todos os samurais eram leais cumpridores da lei. Na verdade, brigas e disputas entre os samurais eram comuns, e o samurai poderia eventualmente cometer crimes e trair. Exemplos são fáceis de encontrar na história, como a história de Akesh Mitsuhide, samurai que traiu seu mestre.

5. Os samurai eram raros

O primeiro estudo detalhado durante a era dos samurais estima o número de 774 mil a um milhão de samurais para uma população de 25 milhões de pessoas. Isso significa que eles representaram aproximadamente 7% da população até o final do século XIX. Japoneses modernos podem facilmente encontrar um samurai em sua árvore genealógica.

6. Os samurais eram misericordiosos

Samurais muitas vezes são retratados como pessoas que compartilham as modernas concepções sobre a honestidade e justiça, ou defensores dos pobres contra a tirania da elite. Nada poderia estar mais longe da verdade. Os Samurais eram usados por seus senhores  para cobrar impostos e rendas das pessoas comuns. Um samurai poderia matar um plebeu pela menor ofensa, e a maioria da população japonesa tinha medo deles.

7. Todos os samurais eram guerreiros

Na época da era Edo, houve períodos significativos de paz, sem  grandes batalhas. Então, muitos samurais tornaram-se cientistas, funcionários, administradores, ou guerreiros ociosos. A classe Samurai foi perdendo gradualmente sua função militar, e sua katana e tornou-se mais um símbolo de status do que uma arma.
Quando chegou a hora de modernizar o exército japonês, a fim de habilitá-lo a resistir ameaças externas, o imperador Meji  decidiu que os samurais não eram adequados para tal tarefa. Como resultado, foram retirados assuntos militares e,  gradualmente desapareceram.

fonte: http://www.perolasparaporcos.com/2011/07/27/sete-mitos-sobre-samurai/