Contam-nos que no princípio dos tempos, o Céu e a Terra não estavam separados e o In e o Yo divididos. Eles correspondem ao Yang e Yin Chineses que constituíam os princípios de masculino e feminino.
Os antigos escritores japoneses imaginavam a criação do mundo como seu próprio modo de nascer, talvez porque deste modo fosse mais conveniente e racional, tratando-se de que foi descrito em uma época em que não existia o conhecimento de outro continente a não ser o Asiático.
Na Mitologia Polinésia encontramos muito dessa mesma concepção, em que Rangi e o Papa representa o Céu e a Terra. Aspectos paralelos podem ser encontrados em histórias da Cosmogonia Egípcia, entre outras. Em praticamente todas elas, deparamos com o princípio “masculino e feminino”, ocupando lugar preponderante e, sobretudo, muito racional.
Os registros do Nihongi nos contam que, esses princípios formavam uma massa caótica como um ovo, no qual os limites e os embriões contidos estavam obscuramente definidos. Este “Ovo” criou vida rapidamente e sua parte mais clara e pura soltou-se vindo a formar o Céu, enquanto a parte mais densa e pesada assentou, formando a Terra, que era comparada a um peixe flutuando e brincando na superfície das águas.
Uma forma misteriosa, que lembrava o broto de um caniço, surgiu de repente entre o Céu e a Terra e inusitadamente se transformou, nascendo assim o primeiro Deus “Kuni-toko-tachi” (Eterno suporte terreno das coisas majestosas). Esse foi o primeiro Deus a nascer no mundo, vindo depois dele outras divindades.
Por Maria Rosa
Artigo criado em 2005, publicado originalmente em 2008 na primeira versão do site Mundo-Nipo – sem fins lucrativos. Ultima atualização em dezembro de 2012 pela própria autora.
Fontes de pesquisas principais:
Livro: Legends of Japan | Author: F. Hadland Davis
Livro: História da cultura japonesa | Autor: José Yamashiro
Livro: Japan – Dictionary Culture and Civilization | Autores: Frederic Louis David and Alvaro Iwang
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