Para um samurai, a cabeça de um inimigo era a prova de um dever cumprido. Depois de uma batalha, as cabeças de seus rivais mortos eram coletadas e apresentadas aos senhores daimyo, que desfrutavam de uma cerimônia muito relaxante de visualização de cabeças para celebrar suas vitórias. As cabeças eram ainda lavadas, tinham os cabelos penteados e dentes escurecidos, o que era um sinal de nobreza. Cada cabeça era então disposta em um pequeno suporte de madeira e etiquetada com os nomes da vítima e do assassino.
Se não houvesse tempo, uma cerimônia apressada poderia ser organizada sobre folhas de certas plantas para absorver o sangue das vítimas. No entanto, certa vez, o feitiço virou contra o feiticeiro e um daimyo perdeu a sua própria cabeça em uma dessas cerimônias. Depois de tomar duas fortalezas de Oda Nobunaga, o daimyo Imagawa Yoshimoto interrompeu sua marcha para uma cerimônia de visualização de cabeças com direito a performance musical.
Infelizmente, para Yoshimoto, outra parte restante do exército Nobunaga avançou para um ataque surpresa, quando as cabeças de seus colegas estavam sendo preparadas. Eles atacaram e conseguiram a cabeça Yoshimoto, que depois se tornou a peça central para a cerimônia que ele havia preparado para o seu próprio inimigo.
Nessa de cortar a cabeça dos outros para exibição, existiam alguns samurais espertinhos que tentavam enganar seus senhores daimyo. Alguns diziam que a cabeça de um soldado comum de infantaria era a de um grande guerreiro e esperava que ninguém percebesse a diferença.
E com uma cabeça caçada, muitos pegavam uma recompensa e abandonavam as batalhas. Isso então acabou se tornando um problema e alguns daimyos passaram a proibir a prática para seus homens se concentrarem apenas na vitória, em vez de serem pagos por cabeças.
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